Desde a última segunda-feira (29), o Rio Grande do Sul enfrenta uma situação crítica devido a chuvas intensas. Até o momento, 50 pessoas foram confirmadas mortas e outras 68 estão desaparecidas, segundo a Defesa Civil do estado. Além disso, 74 indivíduos foram reportados como feridos devido aos incidentes relacionados ao clima.
A situação fez com que 32.248 pessoas ficassem desalojadas ou desabrigadas.
O governo do estado, em resposta à gravidade dos eventos, declarou estado de calamidade pública na quarta-feira (1). A malha rodoviária também sofreu impactos significativos, com 188 trechos de estradas apresentando algum tipo de bloqueio, incluindo cinco federais e 28 estaduais.
A cidade de Porto Alegre foi uma das mais afetadas, com o nível do rio Guaíba subindo para 4,5 metros, causando inundações em várias partes da cidade, inclusive em áreas históricas e centros de treinamento de clubes de futebol.
A previsão do tempo indica que as chuvas podem continuar, com acumulados que podem atingir 400 milímetros.
Meteorologistas explicam que a severidade das chuvas é resultado de uma combinação de fenômenos climáticos, incluindo um cavado que trouxe ventos intensos e um corredor de umidade proveniente da Amazônia, exacerbado por um bloqueio atmosférico.
Mudanças climáticas globais também são apontadas como um fator que aumenta a intensidade desses eventos.
