“Eu quero uma perninha, mas que seja bem macia e da cor da minha pele.” O pedido tocante foi feito pela menina de 4 anos, moradora de Três Barras, Santa Catarina, que perdeu a perna após complicações decorrentes de um procedimento médico.
A criança, que está internada em estado grave há 16 dias no Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville, passou por seis cirurgias e, apesar das dificuldades, tem mostrado uma impressionante força de recuperação.
O pai da menina, que prefere manter o anonimato para proteger a identidade da filha, conta que a família está se mobilizando para realizar o sonho da criança de obter uma prótese adequada.
Para isso, amigos e familiares iniciaram campanhas de arrecadação de fundos. Quem desejar ajudar pode fazer doações via Pix, utilizando as chaves melissaluara11@gmail.com ou 096.892.999-05, em nome de Veridiane Aparecida Alves de Lima. Além da prótese, a família também precisa adaptar a casa e comprar uma cadeira de rodas.
O caso, que ganhou repercussão nacional, começou no final de agosto, quando ela teve o membro amputado após tomar uma injeção em um posto de saúde.
A menina começou a se queixar de dores de garganta e foi levada ao posto de saúde pela mãe, que é auxiliar de dentista no local. Após o diagnóstico de inflamação, a médica responsável receitou uma injeção. Pouco depois de aplicada na perna da criança, ela começou a se sentir mal.
Apesar de ter sido levada de volta ao posto de saúde diversas vezes, a situação foi tratada como “normal” pela equipe médica. Com o quadro piorando, a criança começou a apresentar inchaço e manchas roxas na perna.
Um novo médico diagnosticou uma reação alérgica, mas a situação se agravou. Após ser encaminhada para o hospital em Joinville, a menina sofreu duas paradas cardíacas e passou por várias cirurgias para tentar salvar sua perna.
Exames indicaram que a injeção pode ter sido aplicada incorretamente, atingindo a artéria femoral, o que comprometeu gravemente a circulação da perna. Infelizmente, a intervenção cirúrgica não foi suficiente para reverter o quadro, e a criança teve sua perna amputada. Agora, os médicos lutam para que a perna direita não seja igualmente afetada e monitoram sua condição com sessões contínuas de hemodiálise.
Poucas horas depois, seu quadro de saúde piorou, culminando na amputação do membro.
O Ministério Público de Santa Catarina está investigando o atendimento médico que a criança recebeu no município de Três Barras para apurar possíveis responsabilidades.
