Apesar das palavras apaziguadoras do Secretário de Administração Prisional de Santa Catarina, a verdade é que o Sistema está enfrentando uma crise após vários anos estabilizado.
Policiais penais e ACTs, que somam esforços em busca de um sistema penitenciário mais humanizado, respeitando ambas as pontas, ou seja, servidores e detentos, denunciam a falta de efetivo. Há situações de apenas um policial ou ACT para 200 detentos.
Em Florianópolis, onde ocorreu a morte de três internos LGBTQIAP+ em incêndio, havia apenas um policial penal para a galeria com 46 presos.
Nesta sexta-feira (17), dois detentos fugiram da Penitenciária Agrícola de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
Um dos criminosos é ligado ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC). A fuga aconteceu no final de tarde, quando o policial penal foi abrir a cela no semiaberto para recolher outro preso.
O servidor está na UPA com fratura no braço e mais uma lesão no rosto após ser atacado com uma barra de ferro.
O vigilante percebendo a demora efetuou dois disparos para o alto, o que teria provocado as agressões contra o policial penal. As informações são do SCC10.
Em meio a tudo isso, ACTs que estão há anos exercendo um excelente trabalho na Polícia Penal, correm o risco de deixarem o Sistema, justo neste momento que se agrava. Ao mesmo tempo, novos Policiais Penais, ansiosos por ombrear na PP, aguardam pela tao prometida convocação. Não há mecanismos para manter ambos e garantir um Sistema Penitenciário modelo em SC?