No centro de Criciúma, em dezembro de 2022, uma abordagem policial a um homem negro de 26 anos, próximo à Catedral, desencadeou controvérsias e alegações de racismo. Em desdobramento recente, os policiais militares envolvidos, após serem isentos de acusações pela investigação, decidiram processar aqueles que os denunciaram.
A abordagem inicial foi motivada por uma denúncia de “atitude suspeita”. Imagens da ocorrência, amplamente divulgadas nas redes sociais, capturaram o momento em que o homem foi imobilizado.
Em resposta, a Polícia Militar esclareceu que a ação foi resultado da resistência do homem às ordens dadas, tornando necessário o uso de força.
De acordo com testemunhos, o homem estava sentado quando foi abordado. O primo da vítima, presente no momento, defendeu que a ação policial foi excessiva e levantou questões sobre racismo, uma vez que a abordagem ocorreu após denúncias de um suposto furto em uma loja próxima. Contudo, após a investigação, a conduta dos policiais foi justificada. Confira a nota da Polícia Militar na época:
“A Polícia Militar foi acionada via Central de Operação Policiais Militares (COPOM-190) para o atendimento de ocorrência de averiguação de pessoa em atitude suspeita; Ao chegar no local, os policiais se depararam com o suspeito, que estava com as mesmas vestes elencadas na denúncia e, de imediato, iniciaram os procedimentos de abordagem; O suspeito não acatou as diversas verbalizações policiais, não acatando ordens de abordagem da guarnição policial, desacatando a guarnição e realizando ameaças aos policiais, sendo necessária a utilização do controle contato, para conseguir efetuar a prisão por desobediência, resistência e ameaça; A guarnição precisou fazer a condução do abordado até à Delegacia de Polícia Civil, que ao chegar no local foi oferecido os benefícios da lei 9099/95, assinou o Termo Circunstanciado e foi liberado no local“.
Os agentes, agora respaldados pelo veredicto, buscam reparação legal e estão sendo representados por um escritório especializado em causas policiais, com quase 20 ações cíveis em seu portfólio a favor da corporação. Eles processarão os denunciantes por danos morais.