Um episódio de discriminação ocorrido em um restaurante de Chapecó causou um grande alvoroço nas redes sociais nesta quinta-feira (25). Três pintores que estavam realizando trabalhos na região foram barrados na entrada do estabelecimento “Alma Gaúcha”, sob a alegação de que estavam sujos de tinta. As informações são do Portal ND+.
Dionathan Gesuíno, 33 anos, Sidnei Gomes de Lima, 37, e Gabriel Gomes de Lima Andrade, 18, que estavam no local para almoçar, foram impedidos de adentrar o recinto por causa de suas roupas.
Dionathan, que está há 17 anos na profissão, conta que a equipe já havia sofrido uma situação semelhante no mesmo restaurante no dia anterior.
A situação se tornou ainda mais tensa quando o responsável pelo estabelecimento teria sugerido que os pintores chamassem a polícia, implicando que eles não deveriam permanecer no local. Diante do impasse, o pintor resolveu registrar o incidente em vídeo e compartilhar nas redes sociais, onde o caso gerou uma onda de indignação.
Após serem impedidos de almoçar no Alma Gaúcha, os pintores decidiram ir para uma lanchonete localizada nas proximidades. Dionathan considerou o incidente um desrespeito e manifestou o desejo de que ninguém mais passasse por tal experiência.
Segundo o especialista em Direito do Consumidor, Eduardo Lucas da Silva, a legislação brasileira proíbe qualquer estabelecimento de recusar atendimento com base em características físicas ou pessoais. Ele reiterou que, embora existam exceções relacionadas ao comportamento inadequado do cliente, o caso em questão não se enquadraria nessa situação.
O restaurante, por sua vez, emitiu um comunicado em sua conta no Facebook se defendendo das acusações e apresentando sua versão dos fatos. De acordo com a nota, os pintores foram orientados a higienizar as mãos antes de se servirem no bufê, o que teria gerado a discussão. A administração do restaurante também afirmou que sofreu uma “armação para ganhar popularidade nas redes sociais e na imprensa”.
