Os pais de um bebê recém-nascido foram indiciados após a morte da criança na madrugada de 9 de setembro, em Içara. Imagens de uma câmera de monitoramento de um vizinho mostram a mãe pisoteando o bebê após o parto. Ela alegou desconhecimento da gravidez, e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico.
Sob a supervisão do delegado Rafael Iasco, a Polícia Civil conduziu o inquérito e coletou testemunhos e evidências. Segundo as investigações, a criança apresentava ferimentos graves na cabeça.
“A criança estava com a cabeça toda estourada, parecia uma esponja de tanto sangue que saia. Em nenhum momento, a mãe estava nem preocupada com o recém-nascido. Ela queria ir embora e deixar o bebê lá”, disse o delegado.
Foi solicitado um exame para determinar se a mãe estava em estado puerperal, um período após o nascimento do bebê marcado por mudanças físicas e psicológicas na mulher. No entanto, o exame não foi concluído antes do fim do inquérito.
A investigação classificou o incidente como homicídio qualificado. Contudo, se futuros exames confirmarem o estado puerperal da mãe, o curso legal do caso pode ser afetado.
O Hospital São Donato, localizado em Içara, informou que ambos, mãe e bebê, foram admitidos na madrugada do incidente. O bebê, com lesões significativas na cabeça e corpo, além de hipotermia e contaminação por terra e grama, infelizmente, não resistiu.
Com o inquérito finalizado, o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para continuidade do processo legal.
