Uma família de Itajaí está passando por dias de extrema angústia após descobrir que seu filho de 3 anos, que tem autismo, foi amarrado por uma professora no Centro de Educação Infantil Profª Ermelinda Potter Custódio, no bairro Cidade Nova.
Em relato ao Jornal Razão, a mãe do menino contou que, há cerca de um mês, a professora de seu filho deixou a creche sem que qualquer explicação fosse dada à família. Somente na semana passada, durante uma conversa casual no mercado do bairro, o pai da criança foi informado por um ex-funcionário da creche sobre o motivo. “Ele me disse: ‘Você não soube? A professora estava amarrando crianças, e uma dessas crianças era o seu filho’”, relatou a mãe.
Após saberem da situação, os pais foram até a creche na segunda-feira seguinte para conversar com a diretora. De acordo com a mãe, a diretora confirmou que havia recebido uma foto de seu filho amarrado e que, após a denúncia, encaminhou um relatório e a imagem para a Secretaria de Educação. No entanto, a família só foi informada sobre o ocorrido semanas depois. “Essa denúncia já estava rolando há um mês e a gente só descobriu na semana passada”, lamentou a mãe.
A angústia dos pais é agravada pelo fato de que o menino, além de ser autista, é não verbal, o que dificulta ainda mais saber o que ele pode ter sofrido. “Está uma angústia muito grande, porque a gente não sabe o que fazer. Não temos respostas e nem acesso às informações, tudo está em segredo na Secretaria de Educação”, desabafou a mãe, que ainda acrescentou que “não dá nem pra dormir, não dá pra pensar”.
A imagem que revelou o ocorrido foi enviada à diretora por uma funcionária da própria creche, mas, segundo a família, a escola não comunicou imediatamente os pais sobre a gravidade da situação.
Com a professora sob investigação e afastada do cargo, os pais pretendem retirar o filho da escola o mais breve possível. A Secretaria de Educação confirmou a existência da denúncia, mas, até o momento, não deu mais detalhes sobre o andamento do caso. A família continua sem respostas concretas, vivendo a incerteza de como proceder diante da situação.
A família registrou um boletim de ocorrência, mas continua sem respostas concretas, vivendo a incerteza de como proceder diante da situação.