Desde o dia 28 de abril, o estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação crítica devido a uma enchente histórica provocada por chuvas intensas que ultrapassaram o volume esperado para todo o outono em apenas quatro dias. De acordo com a Defesa Civil, até a manhã de terça-feira (7), as enchentes já resultaram em 90 fatalidades.
Especialistas apontam que o nível dos rios na região só deverá normalizar no final de maio. Nesta segunda-feira (6), o Rio Guaíba registrou 5,26 metros, apenas sete centímetros a menos do que no sábado, e ainda mantém-se 2,26 metros acima da cota de inundação. Apesar da leve diminuição, a situação é considerada estável, embora a descida do nível seja muito lenta e dependente da ausência de novas chuvas significativas.
As previsões não são animadoras, com mais precipitações esperadas para quarta-feira (8), que poderão complicar ainda mais a situação nas áreas já afetadas.
O coordenador-geral de Operações do Cemaden, Marcelo Seluchi, destacou que os temporais que estão por vir vão impactar justamente as regiões que já estão inundadas, o que pode manter o nível do Guaíba oscilando em torno de 5 metros por mais alguns dias antes de começar a baixar.
Porto Alegre, a capital estadual, contabiliza os danos e enfrenta dificuldades, com vários bairros evacuados e significativos problemas de desabastecimento de água, que afetam 70% da população.
A prefeitura declarou racionamento de água e importantes vias de acesso e saída da cidade estão bloqueadas. Além disso, o aeroporto Salgado Filho e a Rodoviária de Porto Alegre foram fechados por tempo indeterminado devido às inundações.
Com informações de NSC TOTAL
