Uma jovem de 19 anos foi indiciada pela Polícia Civil de Criciúma pelo crime de vilipêndio de cadáver, após a conclusão de um inquérito policial conduzido pela 2ª Delegacia de Polícia da cidade. O caso envolve a prática de “magia negra” utilizando um osso humano, que teria como objetivo atingir seu ex-companheiro.
O episódio ocorreu no dia 30 de junho de 2024, quando uma vela e um bilhete com o nome e data de nascimento da vítima foram encontrados amarrados com fios pretos em um osso humano. O material foi descoberto na casa da mãe da vítima, localizada no bairro Vila Nova Esperança, em Criciúma. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu os objetos.
Após uma perícia, foi confirmado que o osso era um fêmur humano. Através de câmeras de segurança próximas ao local, a polícia conseguiu identificar que a suspeita esteve no endereço com seu carro no dia do ocorrido.
A vítima relatou que a mulher o havia ameaçado e, como parte de um ritual, lançou o material na residência de sua mãe com a intenção de lhe causar algum mal. No entanto, em seu primeiro depoimento, a jovem negou qualquer envolvimento. Mais tarde, durante um segundo interrogatório, ela admitiu ter realizado um “trabalho”, mas afirmou que não era no local mencionado e que usou apenas farinha em uma encruzilhada, alegando que “não atua nessa linha (do mal) dentro da sua religião”.
Segundo a suspeita, o ato teria sido feito com o intuito de afastar o ex-companheiro, que estaria a perseguindo. A jovem também registrou um boletim de ocorrência pedindo medidas protetivas contra ele, alegando ser alvo de assédio.