Médico acusado de chamar paciente de “burra, surda e gorda” é afastado

A decisão ocorre após um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), datado de dezembro do ano passado

 O Hospital Maicé, localizado em Caçador, anunciou nesta sexta-feira (12) o afastamento de um médico acusado de cometer violência obstétrica e ginecológica contra pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão ocorre após um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), datado de dezembro do ano passado, e segue uma ordem judicial que deu à instituição um prazo de 30 dias para a substituição do profissional.

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O caso ganhou notoriedade com uma série de denúncias feitas por vítimas, incluindo relatos de maus-tratos e ofensas. Em um dos episódios, uma paciente com tumores vaginais teria sido descrita como “burra, surda e gorda” pelo médico em questão.

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A conduta do profissional está agora sob investigação criminal pela 4ª Promotoria de Justiça, após a apresentação de uma ação civil pelo Ministério Público que detalha ocorrências onde gestantes e bebês vieram a óbito, além de outros casos de violência e tratamento hostil.

A promotora de Justiça Silvana do Prado Brouwers destacou a ansiedade da população local diante da expectativa do cumprimento da decisão judicial. Mulheres da região demonstraram preocupação e procuraram informações sobre o andamento do caso, buscando garantias de um atendimento seguro e de qualidade no hospital.

Além do afastamento do médico, o Ministério Público reivindica medidas adicionais, incluindo a contratação de um novo profissional para a vaga, capacitação contínua das equipes médica e de enfermagem em saúde da mulher, e a compensação por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 300 mil. Outras demandas incluem a criação de um canal para relatos anônimos de discriminação no hospital e a promoção de práticas para um parto humanizado, como o contato pele a pele entre mãe e bebê logo após o nascimento e a amamentação na primeira hora de vida.

A direção do Hospital Maicé informou que ainda não contratou um substituto para o médico afastado, citando a falta de profissionais disponíveis em janeiro. O julgamento do mérito da ação ainda está pendente.

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