Em uma pequena cidade no sul do país, uma mulher grávida viveu um pesadelo após um erro em um exame de DNA realizado para comprovar a paternidade de sua filha. O laboratório equivocadamente apontou como negativo o resultado, provocando uma onda de fofocas e comentários maldosos que abalaram a mulher e sua família.
Buscando confirmar a paternidade da criança diante da recusa do namorado em reconhecer a filha, a grávida foi surpreendida com o resultado negativo do exame. O caso rapidamente se espalhou pela cidade, transformando a vida privada da mulher em assunto público e abrindo margem para especulações e comentários maldosos, inclusive questionamentos de seus próprios pais.
Diante da negativa inicial, a mulher optou por realizar um novo teste com um ex-namorado, que também resultou em negativo. Um terceiro exame foi feito com o namorado original e, dessa vez, o resultado confirmou a paternidade.
A situação levou a mulher a entrar com uma ação por danos morais contra os laboratórios responsáveis pela coleta e análise das amostras. O juiz local deu provimento à ação, inicialmente fixando a indenização em R$ 50 mil. Ambos os laboratórios apelaram, buscando a redução do valor estipulado.
No entanto, a 6ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça manteve a decisão, destacando a falha na prestação de serviços dos laboratórios e as consequências extremamente negativas na vida da mulher. A corte optou por reduzir o valor da indenização para R$ 30 mil, alegando que a mulher foi submetida a suspeitas infundadas de sua própria família e se tornou alvo de fofocas e comentários pejorativos na cidade. A decisão foi unânime.