Após ser presa em uma agência bancária em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, enquanto tentava sacar R$ 17 mil de um empréstimo em nome do seu tio, Paulo Roberto Braga, que estava morto no momento do atendimento , Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, declarou em depoimento policial que estava “cumprindo os desejos” do idoso.
De acordo com as autoridades, ficou comprovada a relação de parentesco entre os dois, entretanto, não de tio e sobrinha, mas sim de primos.
Segundo ela, que também afirmou ser a cuidadora e vizinha de Paulo Roberto, o tio expressou a vontade de usar o dinheiro para comprar uma nova televisão e fazer reformas em sua residência.
Conforme Érika, após ser internado por cinco dias devido a uma pneumonia, Paulo Roberto teve alta na segunda-feira (15). Ele então revelou a ela sobre o empréstimo, que havia sido solicitado em 25 de março, e seu interesse em sacar o dinheiro imediatamente.
No depoimento, ela contou que Paulo estava consciente ao sair de casa e ao entrar no banco, ajudado por ela e um motorista de aplicativo. Dentro da agência, no entanto, o idoso parou de responder e foi atendido pelos funcionários que logo suspeitaram que algo estava errado.
O momento em que Érika tentava fazer com que Paulo assinasse os documentos necessários para o saque foi capturado em vídeo por funcionários do banco. As imagens mostram a mulher segurando a cabeça do idoso e insistindo para que ele assinasse os papéis, enquanto funcionários ao fundo expressavam preocupação sobre o estado do idoso.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada e tentou reanimar Paulo Roberto, sem sucesso.
Um profissional do Samu informou à polícia que, baseado nas condições do corpo, Paulo Roberto já estava morto há aproximadamente duas horas antes de sua chegada. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) para determinar a causa exata da morte, enquanto Érika foi autuada por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude.