A Polícia Civil de Joinville iniciou uma investigação em relação ao ferimento na cabeça de uma recém-nascida, ocorrido durante seu parto na Maternidade Darcy Vargas, no dia 14 de julho. A lesão, que resultou em corte e posterior infecção, foi justificada pela equipe médica como resultado de um parto dificultado pelo útero duro, segundo informou Stephanie Corazza Moreira, advogada da família.
O delegado Rodrigo Maciel, responsável pelo caso, esclareceu que a investigação se concentrará na avaliação da conduta médica durante o parto. A recém-nascida passará também por um exame pericial.
Moreira relata que a mãe, soropositiva, teve que ser submetida a uma cesárea de emergência na 38ª semana de gestação, devido à pressão arterial elevada.
Após o parto, a equipe médica comunicou à mãe sobre a lesão na cabeça da bebê, especificando que se tratava de um corte superficial e que seriam necessários dois pontos. Contudo, a criança recebeu alta com o corte ainda aberto e produzindo um líquido contínuo.
Posteriormente, a mãe levou a bebê a um posto de saúde em Araquari, onde recebeu prescrição de pomada cicatrizante e medicamento para dor. Contudo, após o quadro não melhorar e surpreender os profissionais de saúde do posto, a criança foi encaminhada ao Hospital Infantil de Joinville. Lá, foi constatado que o corte não era superficial e a criança teve que passar por uma cirurgia de emergência.
A advogada alertou que a recém-nascida pode ter sequelas neurológicas, como dificuldades na fala e coordenação motora, que só poderão ser avaliadas completamente em três anos. A criança passou cinco dias internada na UTI, recebendo alta na última terça-feira, dia 1º. A família já registrou boletim de ocorrência e pretende buscar reparação dos prejuízos na justiça.
O Hospital Darcy Vargas, em nota, confirmou que houve uma intercorrência durante a cesárea e que o caso está sob investigação interna para identificar possíveis falhas na conduta médica durante o parto.
Com informações do G1.