A Operação Galápagos, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (7), tem como um de seus alvos Bombinhas, onde um imóvel de luxo, avaliado em R$ 2 milhões, foi sequestrado. Esta ação faz parte de um esforço mais amplo que visa desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e operações ilegais de armas.
A operação ocorre simultaneamente em doze municípios nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, envolvendo 150 policiais civis.
A operação segue investigações iniciadas em maio, após a morte de Beto Fanho, líder da facção, em Gravataí, RS. Os principais alvos incluem familiares do traficante e membros da organização, evidenciando a estrutura e o alcance da rede criminosa.
Até o momento, 19 pessoas foram detidas, e estão sendo executadas 72 medidas cautelares, que incluem prisões preventivas e temporárias, buscas domiciliares, e sequestros de veículos de luxo.
Os crimes investigados são tráfico de drogas, associação para o tráfico, associação criminosa armada, porte ilegal de munições e armas de fogo, e comércio ilegal de armas. A operação revelou que o grupo, autointitulado “Tropa do Pinguim”, estava envolvido em uma disputa violenta pelo controle de pontos de venda de drogas, especialmente na zona Norte de Porto Alegre e região metropolitana, resultando em um aumento significativo da violência nas áreas afetadas.
Durante as investigações da Operação Galápagos, foi revelado que o grupo criminoso negociava coletes balísticos. Essa atividade, parte do arsenal de operações ilegais da organização, destaca a seriedade da ameaça à segurança. Interceptações de comunicações pela polícia mostraram membros do grupo discutindo a distribuição de rendimentos provenientes dessas negociações, evidenciando a natureza organizada e perigosa da facção.
Além de Bombinhas, as diligências ocorrem em Florianópolis, São José, Palhoça e Criciúma, em SC; e Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Charqueadas, Sapucaia do Sul, Sentinela do Sul e Novo Hamburgo, no RS. O envolvimento de membros da família do líder do grupo em diversos crimes, incluindo assaltos a bancos, e a locação de armamento para outros criminosos, foram aspectos destacados pela polícia.
As consequências para os envolvidos incluem penas de até 15 anos por tráfico de drogas, 10 anos por associação para o tráfico, e até 12 anos por posse e porte ilegal de munições e armas de fogo. A ação é coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.