Um homem foi condenado a 22 anos, sete meses e 22 dias de reclusão em regime fechado por uma série de crimes contra a ex-companheira, incluindo violência doméstica, familiar e relação íntima de afeto. A sentença, proferida pela Comarca de Guaramirim, também determina um ano, quatro meses e nove dias de detenção em regime semiaberto, além de um mês e três dias de prisão simples no mesmo regime.
Os crimes, julgados pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), incluem furto, incêndio, lesão corporal e sequestro. Segundo o tribunal, o condenado e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso por aproximadamente nove anos, encerrado no final de 2022. Após o término, o homem começou a praticar atos de violência.
Em um dos episódios relatados, o agressor invadiu a casa da ex-companheira durante a madrugada e realizou uma transferência bancária via Pix, utilizando o celular da vítima sem sua percepção. Em outra ocasião, ele ateou fogo no forro da residência da mãe da vítima. A mãe da vítima, uma idosa de 60 anos, também sofreu agressões, furto de celular e cárcere privado.
O caso mais grave registrado foi o sequestro da ex-companheira, imobilizada com um golpe conhecido como “gravata”. O homem só concordou em libertá-la após algumas horas, mediante a promessa de que retomariam o relacionamento. A jovem, filha da vítima, também foi feita refém e forçada a levar o agressor até o local onde sua mãe estava escondida.
Além das penas privativas de liberdade, o condenado foi sentenciado a indenizar as vítimas em R$ 60 mil pelos danos morais sofridos. O processo tramita em segredo de justiça.
