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Após assassinato de PM em Tijucas, efetivo foi reduzido para a metade

Enquanto até roupas são roubadas nos varais, PM luta com um dos menores efetivos da história. Problema se repete em Itapema e por todo o estado de Santa Catarina
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Em 2010, Tijucas chorou a morte de um guerreiro em serviço. Será que é justo para a cidade ignorar este trágico acontecimento e permitir que o crime volte a se instalar no município?

Ninguém gosta de relembrar tragédias, mas é nosso dever ‘gritar’ quando ninguém está falando. O Jornal Razão comemorou 28 anos de história em Tijucas e foi por nossas páginas que o cotidiano da Capital do Vale vem sendo escrito por quase três décadas.

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Tijucas já foi uma das cinco cidades mais violentas de Santa Catarina. O crime organizado dominava completamente comunidades da cidade e disputas por pontos de tráfico eram frequentes. Em meio a este cenário, em 2010 os moradores foram pegos de surpresa com um gravíssimo acontecimento: o assassinato de um policial militar.

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Everton Rodrigues Bastos tinha 23 anos quando foi assassinado, em abril daquele fatídico ano. Bastos foi assassinado por engano quando estava dentro de uma viatura estacionada no centro de Tijucas, próximo ao Anfiteatro Leda Regina. Ele foi atingido por um tiro de espingarda calibre 12. Um dos réus, segundo a promotoria, queria se vingar por ter sido preso por tráfico de drogas.

Bastos deixou dois filhos. À época, uma das crianças era um bebê de apenas três meses. A família perdeu um alicerce e Tijucas ganhou uma ferida que nunca irá cicatrizar.

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Este crime bárbaro aconteceu quando a cidade tinha cerca de 30 mil habitantes. Naquele ano, o efetivo da Polícia Militar era superior a 60 policiais militares. Praticamente dois para cada mil moradores. Agora, 13 anos depois, enquanto a população saltou para quase 60 mil habitantes, Tijucas tem metade do efetivo: apenas 34 policiais militares que se revezam diariamente para servir e proteger os tijuquenses. É alarmante: atualmente, são aproximadamente 9,6 mil policiais militares em todo o estado catarinense. Um dos menores efetivos da história.

Tijucas hoje é a 32ª maior cidade de Santa Catarina. Todavia, curiosamente, tem praticamente este mesmo número de policiais militares: são apenas 31 nas ruas e 3 em serviço administrativo. Por qual motivo Tijucas deixou de receber mais efetivo e passou a ter este número baixíssimo de policiais?

Vereador chamou a atenção para o problema

O Presidente do Poder Legislativo de Tijucas, Maurício Poli, protocolou requerimento exigindo do Governo de SC respostas para o déficit de agentes na segurança pública no município. “Também não temos guarda municipal e a maioria das câmeras de monitoramento não funcionam”, afirmou o vereador, que também encaminhou ofício ao Prefeito de Tijucas.

No requerimento, Mauricio questiona ao prefeito Eloi sobre a aquisição de câmeras de segurança e a viabilidade da criação de uma guarda armada em Tijucas. Já para o Governo de SC, a cobrança é relativa ao baixo efetivo policial no município.

Situação se alastra por toda SC

O mesmo se repete na grande maioria dos municípios catarinenses. Em Blumenau, por exemplo, cidade que conta atualmente com quase 370 mil habitantes, o efetivo da PM é de apenas 205 policiais. Este déficit gigantesco dificilmente será suprido em tempo hábil. A escalada da violência em SC ocorre diariamente, mesmo com o incisivo trabalho das forças de segurança.

Enquanto isso, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado gasta milhões de reais em publicidade e propaganda. Uma grande parte deste investimento carrega o slogan “Segurança Pública Levada a Sério em SC”. Será mesmo? Em Itapema, ocorreu um fato absurdo neste domingo (16). Em plena Meia Praia, a mais famosa área da cidade, um morador foi assaltado ao sair de seu apartamento. Ele foi jogado ao chão no meio da rua e os criminosos fugiram levando seu carro. Talvez pior do que o delito é o fato de que, no momento do crime, a Polícia Militar não tinha viatura disponível para o atendimento da ocorrência, já que as duas disponíveis estavam em atendimento de outras duas ocorrências com flagrante delito.

O 31° Batalhão foi criado em Itapema e muita gente comemorou. O que ninguém conta é que, apesar do status de Batalhão, o efetivo continuou o mesmo: apenas 56 policiais militares e quatro oficiais. A segunda cidade em valorização imobiliária do Brasil está largada às traças quando o assunto é segurança pública, mas a prefeita já deu o recado: “Continuem acreditando no Governo”.

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