A incidência de dengue em Santa Catarina aumentou em quase 1.800% entre 2016 e 2022, passando de 56 para mais de 1.071 casos a cada 100 mil habitantes, conforme estudo realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC).
A pesquisa, divulgada em junho de 2023, aponta que as cidades de Saudades e União do Oeste apresentam as maiores taxas de incidência, enquanto Joinville lidera em número absoluto, com 17.679 casos. As regiões da Foz do Rio Itajaí, Oeste, Grande Florianópolis e Nordeste estão mais afetadas, abrigando 78,38% dos municípios em situação epidêmica.
A situação é tão crítica que a Diretoria de Vigilância registrou 221.254 casos confirmados de dengue até agosto deste ano, representando um aumento de 70% em relação a 2022. Além disso, o número de óbitos já alcançou 91, ultrapassando o total de mortes do ano anterior.
O levantamento, que também inclui dados sobre a zika e a chikungunya, foi compartilhado com a Secretaria Estadual (SES) e as Secretarias Municipais de Saúde, destacando a preocupação com a sobrecarga dos sistemas de saúde e questionando a adequação do quadro atual de agentes de saúde. Uma discrepância notada entre os Agentes de Combate a Endemias registrados pelo Ministério da Saúde e os cadastrados pelos municípios no SCNES foi apontada como um possível impacto nos recursos financeiros do Estado e dos municípios.
Os números apontam uma situação alarmante que requer atenção imediata das autoridades de saúde. A mobilização de recursos adicionais e a implementação de medidas eficazes de controle e prevenção podem ser vitais para conter a rápida propagação da doença no estado.
