Com a recorrência de enchentes em algumas cidades de Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive/SC) faz um alerta sobre o perigo de contato com águas possivelmente contaminadas. Além dos danos diretos causados pelas chuvas e alagamentos, após esses eventos, observa-se um aumento nos casos de leptospirose, doença séria e potencialmente fatal.
A Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, reforça o cuidado necessário com grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças. Ela destaca que qualquer contato com as águas alagadas deve ser cauteloso e, preferencialmente, evitado.
A água acumulada nesses locais pode estar misturada com esgoto e urina de roedores, potencialmente carregada com a bactéria causadora da leptospirose. Aqueles que estiveram em áreas alagadas e apresentarem sintomas como febre e dor de cabeça no período subsequente, devem buscar atendimento médico e informar sobre o contato recente com águas de enchente.
João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive/SC, recomenda o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas, ao interagir com ambientes inundados. É essencial proteger qualquer ferimento, evitando locais alagados e possivelmente contaminados.
A Dive/SC lançou ainda uma nota técnica que fornece diretrizes à população e aos serviços de saúde em vista das recentes ocorrências climáticas no estado. A preocupação com a saúde da população vai além da leptospirose. O retorno às residências após os alagamentos também traz o risco de acidentes com animais peçonhentos.
Medidas de prevenção são imprescindíveis: evitar contato com áreas alagadas, utilizar equipamento de proteção ao entrar em contato com a água, desinfetar adequadamente residências e objetos após a retirada da lama e se manter alerta à presença de animais peçonhentos.
Com o período propenso a mais chuvas em Santa Catarina, é essencial que a população esteja informada, preparada e sempre atenta às recomendações oficiais.