O estado de Santa Catarina registrou um aumento expressivo nos casos de dengue neste ano, com um salto superior a 700% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Até o dia 15 de maio, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) confirmou 267.977 casos prováveis da doença, resultando em 182 mortes.
Em contrapartida, até essa mesma data em 2023, o estado havia registrado 34.744 casos e 38 óbitos.
Este aumento na incidência da dengue ocorre em um contexto onde as taxas de vacinação ainda são insuficientes.
A vacina contra a dengue é direcionada principalmente para crianças entre 10 e 14 anos, com coberturas vacinais de 34,86% no Norte, 18,98% na Grande Florianópolis e apenas 4,53% no Médio Vale do Itajaí. Os esforços de vacinação iniciaram em diferentes momentos nas regiões: fevereiro no Norte, março na Grande Florianópolis e abril no Médio Vale do Itajaí.
A bióloga Tharine Dal-Cim, da Dive, destacou que cerca de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, são encontrados dentro das residências. Áreas comuns como ralos, calhas, caixas d’água destampadas e recipientes com água acumulada são os principais criadouros.
Para combater a proliferação do mosquito e a subsequente transmissão da dengue, as autoridades de saúde enfatizam a importância de eliminar a água parada, cobrindo recipientes de água, removendo detritos de calhas e mantendo a manutenção regular de piscinas.