O senador Sérgio Moro nega as insinuações feitas pelo ex-presidente Lula de que o plano para sequestrá-lo e matá-lo e a outras autoridades foi uma armação do próprio Moro. Em vídeo divulgado, Moro pediu a Lula que respeitasse o trabalho da Polícia Federal e das forças policiais que garantiram a segurança de sua família.
O plano, que foi desmantelado pela Polícia Federal, mobilizou 120 agentes e prendeu 11 criminosos do PCC que tinham como alvo Moro e sua família depois que ele proibiu visitas íntimas em presídios federais.
Durante sua agenda oficial no Rio de Janeiro, Lula levantou suspeitas sobre o caso, levando à resposta de Moro em entrevista à CNN. Moro acusou Lula de rir de sua família, ameaçada por um grupo criminoso, por tratar de forma depreciativa o plano de assassinato contra ele. Moro também questionou a decência de Lula, o respeito à presidência e seu descaso com o sofrimento de uma família inocente e com o combate ao crime organizado.
A atuação da Polícia Federal, criticada por Lula, desbaratou com sucesso o plano da facção criminosa de atacar autoridades, inclusive o duro promotor Lincoln Gakiya, alvo do PCC há quase 20 anos.
A declaração de Lula gerou críticas de parlamentares da oposição, como o ex-promotor federal Deltan Dallagnol, que defendeu Moro e acusou Lula de minar o trabalho de seu próprio ministro da Segurança, Flávio Dino.