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Venda de crianças em Tijucas

Será que o crime já prescreveu?
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Reprodução / Redes sociais

Há alguns anos, fui procurado por uma família de Israel. Isso mesmo. Do outro lado do mundo. 

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A pessoa que me procurou é um homem israelense. Ele confidenciou, numa mistura de remorso e vontade de corrigir um erro do passado, a informação de que comprou sua filha. 

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A história estava estranha, mas como um bom curioso, fui atrás da informação. Tenho 23 anos. Não lembro do que aconteceu há 40, obviamente. 

Descobri que Tijucas foi palco de uma situação lastimável, onde crianças que nasciam na antiga maternidade do Hospital São José, há muitos anos atrás, corriam o sério risco de serem vendidas. Entre os envolvidos, para a minha surpresa – ou não, figuravam pessoas conhecidas na região, que até hoje moram por aqui e são extremamente bem relacionadas. 

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Nunca essas pessoas foram presas. Não achei evidências de que tenham, sequer, respondido na justiça. Na divina, indubitavelmente, responderão um dia. 

Hoje, conversando com um amigo, aqui mesmo na Capital do Abacate, descobri uma história no mínimo curiosa. 

Certo dia, no Hospital de Tijucas, nasciam dois gêmeos. Mas a mãe só recebeu um. Ela questionou imediatamente: “olha, minha barriga estava muito grande. Impossível que era só um”, mas recebeu a resposta de que era apenas um menino, e não dois. 

Ela insistiu e, bocuda como era, disparou ao parteiro em questão: “o doutor tava querendo vender uma, né?”

Não sei se por vergonha, medo ou algo do gênero, mas o indivíduo acabou por entregar o segundo filho para mãe. E não, estas informações não são fake news. Teve gente presa, sim. Mas não foi gente daqui. 

O Fantástico denunciou o caso em 1985. A maioria dos bebês que saía de Santa Catarina e do Paraná era vendida em Israel. As quadrilhas procuravam famílias pobres e convenciam a mãe a doar o filho dizendo que ele teria um futuro melhor. Em alguns casos, os criminosos pagavam pelas crianças. Em outros, simplesmente roubavam os bebês. Na época, bastava uma declaração em cartório para autorizar a doação e os bandidos falsificavam o documento. A brasileira Maggi Cohen chegou na casa de uma família em Tel Aviv com menos de um mês de vida. Os pais adotivos dizem que não desconfiaram de nada e que acreditaram que se tratava de uma adoção legal. Uma brasileira chamada Arlete entregou a bebê no aeroporto.

Em 1988, Arlete foi condenada e cumpriu dois anos de prisão. Ela comandava uma quadrilha que teria vendido pelo menos três mil crianças, segundo estimativa da ONG Desaparecidos do Brasil. 

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