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“Vão me tornar um mártir”, diz Hang após operação

De acordo com o empresário, "uma turma de velhinhos teve cerceado seu direito de pensamento"
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Reprodução

Luciano Hang, o dono da Havan, está convencido de que suas redes sociais eram o alvo principal da operação que mirou, no início da semana, empresários bolsonaristas que trocavam mensagens em um grupo de Whatsapp, com menções a golpe de estado. “Vão me tornar um mártir”, disse à coluna, em entrevista exclusiva por telefone à coluna de Dagmara Spautz.

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O empresário reclama do que chama de uma “democracia de um lado só”, e diz que foi criada uma “narrativa” para censurá-lo, tendo como base “um grupo de velhinhos”. O catarinense é conhecido como “véio da Havan”. Nas mensagens que deram origem à operação, divulgadas pelo colunistra Guilherme Amado, do portal Metropoles, Hang não faz menção a golpe – mas cita ministros do Supremo.

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Na terça-feira (24), o empresário lançou uma hashtag de apoio que viralizou e ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Os mandados contra o grupo de empresários, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), integram um inquérito que tramita na Polícia Federal em Brasília. As apurações jornalísticas dão conta de que o objetivo da investigação é identificar o financiamento de atos que atentem contra a democracia.

Entrevista: Luciano Hang

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Dagmara Spautz: Luciano, você tem afirmado que não estava mais se manifestando nesse grupo de Whatsapp. É isso?

Na realidade, não estava mais tão atuante. Eu tenho vários grupos de empresários, grupos discutindo política, discutindo economia, e me adicionaram no final do ano passado nesse grupo em que conheço alguns, a minoria. Dentre eles o Morongo, o Meyer Nigri. No começo fui mais atuante, mas depois que vazaram um print sobre o padre (Julio) Lancelotti, que deu uma polêmica. Eu me abstive de entrar em polêmicas e ficava vendo o grupo, porque uso os grupos para tirar informações para colocar nas minhas redes sociais. Eu me informo através dos grupos de Whatsapp. Desde maio, me abstive mais de comentar nesse grupo.

Dagmara Spautz: Qual foi a tua reação à operação? Você teve bloqueio do Instagram, certo?

Vejo com muita tristeza, não para minha pessoa e outros empresários. Vejo como brasileiro. Vivemos ainda, acho, num país democrático onde as pessoas têm o direito de pensar e de livre expressão. O que fizeram ontem foi realmente um estado de exceção, um estado totalitário. Vi a possibilidade do ministro Alexandre de Moraes antecipar, determinar efeitos do que pode acontecer na política.

Dagmara Spautz: Sobre o conteúdo das mensagens. O site Metropoles publicou novas informações após a operação. Você financiou ou pretendia financiar algum ato?

Jamais, eu nunca financiei nenhum ato, inclusive os de Sete de Setembro ou coisa assim, porque sei, tenho que cuidar muito o que eu faço. Todo mundo pode fazer, menos o Luciano da Havan. O que eu faço é olhado com lupa e pode ser interpretado de maneira errada. Uma turma de velhinhos no Whatsapp teve cerceado seu direito de pensamento. Eu tenho 59, estou fazendo 60, mas o resto é tudo de 80, 75, tudo velhinho (no grupo). Quer dizer, um grupo de Whatsapp dos velhinhos querendo tomar o poder? Me poupe, é dar muito valor para um grupo de velhinhos.

Dagmara Spautz: Você acredita então que seria para cercear sua atuação política?

Não tenho dúvida. Já fizeram comigo em 2020, cortando o Facebook e o Twitter. O Facebook na época tinha 5,2 milhões de fãs, meu Twitter tinha quase 1 milhão de fãs. E ontem (terça-feira) me cancelaram o Instagram e, de novo, o Twitter. É lamentável que essas medidas estejam acontecendo antes das eleições, calando uma parte da democracia brasileira. Não há democracia quando só um lado pode falar.

Ou seja, achando que determinadas pessoas possam influenciar na política, que é o meu caso, corta a rede (social). Me sinto hoje calado através de uma medida injusta. Até acho que fizeram isso (a operação) por mim. Fizeram uma narrativa com um grupo de Whatsapp, utilizando mensagens desconexas, para principalmente cortar as minhas redes sociais. Até porque eu, de todos eles lá, sou o único que tenho milhões de fãs em redes sociais.

Dagmara Spautz: Você não levava a sério as conversas no grupo?

Lá se discutia de política ao esporte, de economia a sociedade. E jamais alguém ali pensou em fazer um golpe. Nada mais foi do que uma narrativa bem construída para terminar, no dia de ontem, do jeito que terminou.

Dagmara Spautz: O que você pretende fazer? Está tentando recuperar as contas?

Nossos advogados estão tentando ter acesso ao processo, mas também estamos tentando ter acesso ao processo das fake news desde 2020. Tudo que fizeram agora, fizeram lá atrás. E a gente não teve acesso aos autos. Entramos agora com o pedido de acesso e vamos ver o que vai acontecer. Repito, é um momento estranho da democracia brasileira, onde só um lado pode falar, só um lado é democrático. Se as pessoas se vestem de verde e amarelo, pegam a bandeira, fazem uma manifestação pacífica, são consideradas antidemocráticas. Mas um grupo de empresários assinando uma carta junto com o presidente Lula, mais a esquerda brasileira, com outros integrantes da esquerda internacional, ou esses brasileiros que apoiam a ditadura pelo mundo todo, são considerados pessoas e empresários da democracia. O Brasil está virado de cabeça para baixo.

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