Um novo projeto de lei apresentado pelo deputado André Figueiredo (PDT) está causando revolta entre os brasileiros. Sob o pretexto de tributar plataformas de streaming como Netflix e YouTube, a proposta esconde um benefício exclusivo para a Globoplay, o serviço de streaming da Globo. Essa isenção descarada levantou suspeitas de uma possível conivência entre o governo e a emissora.
O projeto quer impor a Condecine, uma taxa sobre os ganhos de plataformas de streaming, incluindo receitas publicitárias. No entanto, a Globoplay não seria afetada, pois seus serviços são classificados como “Serviço de Televisão por Aplicação de Internet”. Essa brecha jurídica claramente favorece a Globo, levantando questões sobre a imparcialidade e a justiça dessa medida.
A proposta também mira os influenciadores digitais, exigindo que eles paguem a Condecine sobre seus rendimentos. Esse movimento pode reduzir significativamente os ganhos dos criadores de conteúdo, já que as plataformas podem repassar parte desse custo para eles. A tentativa de controlar financeiramente os influenciadores pode ser vista como um esforço para silenciar vozes independentes na internet.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) alertou para o perigo desse projeto, que ele chama de “PL da Censura”. Segundo Gayer, a iniciativa faz parte de uma estratégia maior do governo para regulamentar e controlar o conteúdo audiovisual produzido no Brasil. Ele destaca que, enquanto a população enfrenta dificuldades, o governo está focado em impor mais taxas e restrições, beneficiando apenas a Globo.
A Globo se beneficiaria diretamente dessa lei, que a isentaria de pagar a Condecine e ainda a permitiria acessar recursos do fundo para desenvolver tecnologias avançadas, como a TV 3.0. Além disso, a lei obrigaria as fabricantes de televisores a priorizar a Globo na tela inicial, consolidando ainda mais o domínio da emissora no mercado.
A taxação sobre as plataformas de streaming encareceria os serviços, afetando milhões de brasileiros que optam por essas alternativas ao invés da TV aberta. A proposta também impõe cotas de conteúdo brasileiro, com metade sendo produzida por grupos minoritários. Embora a intenção seja promover a diversidade, isso pode resultar em um controle excessivo sobre o conteúdo exibido, restringindo a liberdade de escolha dos consumidores.