Na sexta-feira (27), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, declarou durante um evento na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro que o combate ao crime organizado é agora uma das “prioridades máximas” para as instituições judiciárias brasileiras. Segundo Barroso, essa decisão vem em resposta à crescente violência e à infiltração do crime organizado em instituições públicas, especialmente no Rio de Janeiro, que foi recentemente alvo de ataques criminosos.
O ministro afirmou que é crucial para as instituições brasileiras unirem esforços e aplicar “energia máxima” para conter a escalada do crime organizado e da violência. Ele também enfatizou a necessidade de medidas que impeçam a infiltração desses grupos em instituições estatais e a recuperação de espaços públicos que “estão perdidos para o crime organizado.”
Barroso detalhou que está em curso a busca por “diagnósticos corretos” para encontrar soluções eficazes e urgentes contra o crime organizado. De acordo com ele, o Brasil e a América Latina enfrentam atualmente uma situação de extrema violência, com índices que superam até mesmo os de países em guerra.
A questão da violência, na visão do ministro, é predominantemente um problema do Poder Executivo, mas ele ressaltou que todos os poderes devem colaborar para solucionar este problema em âmbito nacional. “É um fenômeno nacional, continental”, disse Barroso, acrescentando que essa situação também se estende a regiões como a Amazônia.
O ministro participou do evento “A leitura nos espaços de privação de liberdade – Encontro nacional de gestores de leitura em ambientes prisionais” onde fez essas declarações, sublinhando a gravidade da situação e a necessidade de uma ação conjunta das instituições para combater o problema.