O clima político na cidade de Tijucas se tornou ainda mais tenso nos últimos dias. Matheus Rocha de Novaes, agente de endemias da Secretaria de Saúde e membro do Partido dos Trabalhadores (PT) local, foi recentemente escolhido para representar não apenas a cidade mas também o estado de Santa Catarina na Conferência Nacional da Saúde em Brasília.
A escolha de Matheus foi anunciada em Florianópolis após passar por etapas municipais, macrorregionais e estaduais. O Secretário de Saúde da cidade, o Tem, expressou publicamente seu “orgulho” e “admiração” pelo servidor, alegando que ele representou Tijucas “muito bem”.
No entanto, recentemente Matheus adotou um tom surpreendentemente crítico nas redes sociais. O servidor disparou acusações diretas contra a Prefeitura de Tijucas e a Secretaria de Saúde, afirmando que “muita coisa estranha” está acontecendo na administração da saúde local e conclui: “pra não dizer outra coisa”.
A trama se complica ainda mais com a recente sugestão de vereadores locais pela instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em Tijucas. Segundo fontes, a CPI visa investigar denúncias relacionadas ao fechamento de uma clínica que realizava exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, supostamente por falta de pagamento por parte da prefeitura.
Vereadores cogitam requerer a presença de Matheus na Câmara de Tijucas para explicar o que seriam as “coisas estranhas” às quais ele se refere.
O que chama a atenção é a rápida transição de Matheus de um representante elogiado para um crítico da administração local. Este é um ponto que certamente exigirá esclarecimentos mais profundos, dadas as implicações que podem afetar não apenas a política local, mas também a eficácia e integridade dos serviços de saúde oferecidos à população de Tijucas.
