Neste fim de semana, 12 e 13 de novembro, centenas de membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, na Bahia, invadiram duas fazendas na região da Chapada Diamantina.
Segundo o MST, no sábado (12), cerca de 100 famílias participaram da invasão e agora ocupação da Fazenda Gentil, em Maracás.
Já neste domingo (13), foram 150 famílias na invasão da Fazenda Redenção, entre os municípios de Planaltino e Irajuba.
Os invasores alegam que as terras estão “abandonada a anos e não cumprem sua função social”. Os grupos denominaram a ocupação como “Estrela Vive”.
Ainda segundo o movimento, os invasores seriam “famílias de trabalhadoras e trabalhadores que viviam nas periferias e estão passando dificuldades”. Eles também afirmam que os agricultores já se organizam para a produção de alimentos e construção dos barracos nas propriedades invadidas.
O MST invadiu 1.968 fazendas durante as gestões petistas. Já nos três primeiros anos do governo Bolsonaro, apenas 24 foram invadidas. Os líderes do MST já declararam publicamente que a eleição de Lula representa a retomada das invasões.
Uma recente decisão do Ministro Roberto Barroso, do STF, deu muito mais confiança às ações do MST. Isso porque agora para expulsar invasores não basta mais apenas uma decisão judicial. Após a medida, os tribunais terão de instalar comissões de conflitos agrários com a presença do Ministério Público e das defensorias públicas. Estas comissões deverão realizar inspeções judiciais e audiências de mediação antes de qualquer decisão para desocupação. Além disso, as comunidades afetadas devem ser ouvidas previamente e fica proibido em qualquer situação a separação de integrantes de uma mesma família.