O Ministério Público de Santa Catarina abriu inquérito contra a prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel (PL). Ela gravou um vídeo jogando no lixo livros com conteúdo sexual destinado a crianças a partir de 11 anos.
O motivo exato da abertura do inquérito não foi revelado. Todavia, é importante salientar que a prefeita errou ao sugerir que livros foram adquiridos com recursos do Governo Lula.
Na verdade, o projeto iniciou em 2019, através de contrato via Lei Rouanet com a própria prefeitura da cidade, que tem total autonomia da gestão dos espaços de leitura.
A Mundoteca de Canoinhas é de gestão exclusiva da prefeitura, ou seja, sem qualquer ingerência do governo Federal, inclusive na escolha dos livros oferecidos no espaço.
“A unidade de Marcílio Dias, na cidade de Canoinhas, foi inaugurada no dia 19 de novembro de 2022 e gerida pelo projeto por um período de oito meses, como previsto em contrato, não tendo qualquer vínculo com a atual gestão do Governo Federal. Após esse período, o gerenciamento do espaço e de seu acervo foram entregues ao poder executivo municipal”, revela a nota do Governo Federal.
Os livros ficaram conhecidos pelo polêmico “Kit Gay”, criticado por Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial, em 2017.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Canoinhas alega que a prefeita Juliana Maciel assumiu o comando da cidade em dezembro de 2022. De fato, Maciel foi eleita em um pleito suplementar realizado em setembro de 2022. Dessa maneira, a gestão atual alega que herdou a Mundoteca e as obras dela.
