No seu discurso no parlatório após subir a rampa junto a representantes da sociedade civil, Lula interrompeu o discurso para limpar lágrimas do rosto.
“Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna”, disse Lula.
Lula voltou a chamar o governo Bolsonaro como tendo sido “o maior projeto de destruição nacional da história” e atacou os ricos:
“Assumimos o compromisso de combater dia e noite todas as formas de desigualdade. De renda, de gênero e de raça. Desigualdade entre quem joga comida fora e quem só se alimenta de sobras. É inadmissível que os 5% mais ricos detenham a mesma fatia de renda que os demais 95%”, afirmou.
Lula também disse que, em seus governos, “nunca houve nem haverá gastança alguma” e que sempre “investimos, e voltaremos a investir, em nosso bem mais precioso: o povo brasileiro”.
Dando continuidade, Lula voltou a se referir ao governo Bolsonaro como sendo “desgoverno” e categorizou como um “projeto de genocídio”:
“O que o povo brasileiro sofreu nestes últimos anos foi a lenta e progressiva construção de um genocídio. Vivemos um dos piores períodos da nossa história. Uma era de sombras, de incertezas e de muito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim”.