Após o programa eleitoral deste sábado (22) do candidato do PT ao governo de Santa Catarina, Décio Lima, vazar supostos áudios do empresário bolsonarista Luciano Hang sugerindo que o estado atrasasse e demitisse professores, ele se pronunciou. O dono da Havan afirma que as falas foram tiradas de contexto.
Em nota encaminhada à imprensa na manhã deste domingo (23), Luciano Hang se manifestou sobre o teor da propaganda de Décio Lima.
A nota diz que Hang teve conhecimento na sexta-feira (21), de alguns áudios que foram vazados fora de contexto de uma reunião ocorrida em 2018, juntamente com o secretário da Fazenda do Estado de Santa Catarina, Paulo Eli.
O empresário diz que o encontro ocorreu em abril de 2018, quando alguns empresários da indústria têxtil se reuniram com o secretário para informar que não aceitavam aumento de 5% que o estado queria colocar sobre a alíquota do setor.
“O estado alegava que precisava de dinheiro para pagar salários, mas batemos o pé e, por fim, não aumentaram o imposto como também não atrasaram salários de ninguém. Depois, também perderam na Assembleia Legislativa. O que eles queriam, na realidade, eram argumentos para que a indústria têxtil aceitasse o aumento de 5%”, explica Hang.
Na nota, Hang lembra que a indústria têxtil de Santa Catarina é a maior do Brasil, justamente por ter o imposto mais barato, tornando o setor o mais competitivo a nível nacional, gerando mais de 200 mil empregos diretos no estado.
“Para se ter uma noção, só Brusque, hoje, tinge mais de 50 milhões de quilos de malha por mês. Santa Catarina é o maior produtor de cama, mesa e banho, de malha e toalhas do Brasil, além de fornecer toda a confecção para os grandes magazines do país. Com o aumento de 5%, nosso estado seria o mais caro do que todos os outros”, diz.
Por fim, Hang lamenta que tenham vazado “apenas uma parte da reunião, tirando de contexto tudo o que foi tratado naquela ocasião”.
“Deveriam ter divulgado a reunião toda, pois daí entenderiam a discussão que tivemos para não deixar aumentar alíquota da indústria têxtil. Eu, como comerciante, posso comprar de qualquer estado ou lugar do mundo, mas, naquele dia, estava lá como catarinense, lutando pelos empregos da nossa população. Quando aumenta carga tributária nos estados, os investimentos vão para outros lugares e não é isso que queremos que aconteça em Santa Catarina”, afirma.
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