O favorito para a disputa em 2024 em Tijucas desistiu da candidatura. Maickon Campos Sgrott, filho do ex-prefeito Uilson Sgrott, estava determinado a disputar o cargo de prefeito nas eleições vindouras. Todavia, nesta última semana, após reflexão com sua família e amigos próximos, decidiu seu futuro político.
Atualmente responsável pelas empresas da família, a TCA Transportes e Única Mineração, o vereador que ficou conhecido pelo jargão ‘Vamos Fazer Acontecer’ irá se dedicar aos negócios. Maickon provou que seria uma tão esperada mudança na Administração Municipal de Tijucas e era considerado o nome mais forte para 2024, tendo sido o mais votado na enquete do Jornal Razão.
Um grande contrato assinado pelo grupo TCA com uma gigante do mercado fez com que Maickon decidisse por investir seu tempo e esforço no futuro de sua família.
Essa é a versão oficial. É o que o Maickon me falou. Mas não é o que todo mundo percebe.
O grupo governista sequer existe. Não há um grupo e não há união. Existem pessoas interessadas na caneta de prefeito. Pretensões futuras de diversas partes. Em reunião recente, Eloi Mariano Rocha chegou ao ponto de anunciar Deda Vargas e Claudemir Bigodinho para a disputa em 2024. Disse que são seus pré-candidatos. Se eu fosse o Maickon, já teria corrido faz tempo.
Maickon sabe o que precisa mudar. Todos sabem. Por uns 60 dias, Maickon passou a falar “amém” para tudo. Quis provar que sabe ouvir, escutar e dialogar. Buscou inicativas pioneiras, uniu grupos e mobilizou cidadãos. Pessoas que não tem vínculo político, como a turma dos motoboys: mais de 300 trabalhadores, que sempre foram negligenciados e viram em Maickon uma figura que inspira liderança e apoio. Rapidamente, antigas demandas passaram a sair do papel. Todo mundo estranhou quando Maickon recuou. Alguns até falaram que ele tinha brigado comigo, Lorran Barentin, titular desta coluna. Digo e repito: Maickon é meu amigo. Sempre será, independente da política. Mas o que era previsto, aconteceu. Mais uma baixa na canoa-furada.
Maickon provou que poderia fazer acontecer. Ele tem uma empresa. Duas. Está voando. Abriria mão de quatro anos de sua vida empresarial para alavancar a cidade que tanto ama e dar continuidade ao legado de seu pai. Abriria. Agora, não abre mais. É martelo batido. Como diria Seu Nilson: “que pena, Tijucas”.
Junto com Maickon, grandes forças políticas também saem do projeto “Mudar Faz Bem”. Eles garantem que aposentaram as chuteiras, mas quem sabe nasça outro projeto com o mesmo nome?
Daqui a pouco tem votação na Câmara de Vereadores. A bancada oposicionista continua crescendo e, se a maré seguir contrária, o barquinho do professor vai afundar.
