O ex-vereador Yagan Dadam, de Itapema, finalmente pode respirar aliviado após ter sido formalmente inocentado de todas as acusações de corrupção que pesavam contra ele. Ele compartilhou no último mês a decisão unânime, tomada pelo Conselho Superior do Ministério Público de Santa Catarina, que arquivou o caso devido à falta de provas concretas que sustentassem as acusações. Esse desfecho marca o fim de um processo que se arrastou por três anos, período durante o qual Dadam enfrentou uma série de desafios tanto na esfera pessoal quanto política.
Yagan Dadam, que foi alvo de uma operação às vésperas das eleições de 2020, foi acusado de envolvimento em um esquema de “rachadinha” — prática na qual um político exige parte do salário dos assessores como condição para mantê-los no cargo. As alegações surgiram durante um período altamente conturbado, a apenas quinze dias das eleições municipais, o que levou ao seu afastamento temporário do cargo de vereador por 30 dias, após uma investigação da Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Itapema.
Dadam sempre defendeu sua inocência, argumentando que as acusações eram infundadas e motivadas por interesses políticos. Segundo ele, o processo foi marcado por irregularidades procedimentais e uma clara parcialidade, o que contribuiu para o seu afastamento em um momento crítico da campanha eleitoral. “Fui vítima de uma narrativa montada para manchar minha reputação e influenciar negativamente o resultado das eleições. O período foi extremamente difícil, mas sempre acreditei que a verdade prevaleceria”, afirmou Dadam em entrevista após a decisão do Ministério Público.
O Conselho Superior do Ministério Público, ao concluir a investigação, não encontrou qualquer prova que ligasse Dadam a atividades ilícitas ou exigências de contribuições ilegais de seus assessores. A sindicância realizada pela Comissão de Ética também não comprovou irregularidades, e a decisão final foi de que o afastamento do cargo foi realizado de forma ilegal. A inocência de Yagan Dadam foi, assim, reconhecida oficialmente, lavando a honra do ex-vereador que, durante todo o processo, manteve sua postura firme e confiante na justiça.
“Estou com a alma lavada”, declarou Dadam, expressando o alívio e a satisfação de ver seu nome limpo após três anos de incertezas e batalhas judiciais. Ele agradeceu o apoio incondicional de sua família e amigos leais, que estiveram ao seu lado durante os momentos mais sombrios. Ao mesmo tempo, não deixou de manifestar sua decepção com aqueles que, segundo ele, o traíram e se afastaram durante a crise. “Conheci o verdadeiro caráter de muitas pessoas. Mas, como cristão, concedo-lhes o perdão”, acrescentou.
O caso de Yagan Dadam serve como um lembrete das turbulências que podem marcar a vida política, especialmente em períodos eleitorais. Agora, com sua inocência comprovada, o ex-vereador espera seguir em frente, determinado a continuar contribuindo para a sociedade e confiante de que sua trajetória será sempre pautada pela integridade e pela busca da verdade.
