Priscila Carnaúba, advogada e esposa do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), assumiu uma posição de assessora comissionada no gabinete da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. A nomeação gerou especulações quanto ao salário, estimado entre R$ 10 mil e R$ 30 mil – faixa salarial comum aos auxiliares da magistrada.
A contratação ocorreu em setembro, logo após um mês da participação de Randolfe em um evento hospedado pela ministra em seu apartamento em Belo Horizonte (MG).
Em resposta, o STF esclareceu que a seleção seguiu critérios objetivos. “Havia uma vaga disponível no gabinete da ministra Cármen Lúcia. Vários currículos foram avaliados. Após uma entrevista e tendo atendido aos requisitos, Priscila foi escolhida, especialmente devido à sua afinidade com temas de Direito Público”, afirmou a Corte.
A instituição reforçou que as nomeações não ocorrem por indicações externas e que relações com membros de outros Poderes não influenciam negativamente o processo seletivo. “Este ano, o gabinete da ministra Cármen Lúcia contratou três novas assessoras, todas advogadas jovens e qualificadas para o cargo. No gabinete, todos os assessores seguem o horário de trabalho padrão, das 10h às 19h, de forma presencial, sem qualquer exceção”, concluiu o STF.