O empresário Gilberto Sandri, de 63 anos, gravou um vídeo pedindo desculpas por um vídeo anterior, vazado de um grupo de WhatsApp, em que aparecia ameaçando cortar a cabeça do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas imagens, Gilberto exibe uma faca temática gravada com o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gilberto contou que gravou o primeiro vídeo na noite de quarta-feira, enquanto preparava o jantar em família. Na filmagem, ele aparece exibindo a lâmina e falando: “a faca já está preparada para cortar a cabeça do Lula aqui”. O vídeo foi enviado num grupo de amigos de WhatsApp e acabou vazando.
Ao ver a repercussão, Gilberto resolveu procurar o presidente do PT de Itajaí, Gerd Klotz, de quem é amigo dos tempos da escola, para se explicar. “Sabes que sou uma pessoa pacífica e não gosto de confusão. Mas fiz uma brincadeira de mau gosto quando estava cozinhando com uma faca do Bolsonaro. Minha intenção não é machucar ninguém. Sei que estás à frente do movimento do PT e gostaria de pedir desculpas pelo ocorrido. Não sei como isso foi cair na mídia, mandei somente para um grupo pequeno de ‘amigos’ e fazendo uma brincadeira. Como você poderia me ajudar a esclarecer o ocorrido”, escreveu o empresário.
Gilberto gravou um novo vídeo pedindo desculpas e falando que tudo não passou de brincadeira. À imprensa, além de contar que se sentiu “apunhalado pelas costas” e de já ter saído do grupo de amigos no Whatsapp, Gilberto reiterou que é uma pessoa da paz. “Fiz uma brincadeira de mau gosto, sei que errei, não é do meu feitio machucar ninguém… Pensei que éramos todos amigos, mas um passou o vídeo pra frente e deu no que deu… Caiu na mídia e agora vou ter que aguentar”, disse.
À imprensa, o presidente do PT de Itajaí, Gerd Klotz, confirmou que conhece Gilberto desde a infância. “Não sou eu que tenho que aceitar o pedido de desculpas porque ele cometeu, no mínimo, um ato infeliz. Eu sei que Gilberto é uma pessoa pacata, tranquila”, pondera. Gerd diz que a lição do episódio é tentar resgatar o diálogo saudável entre “direita e esquerda”, sem extremismos. “Precisamos resgatar a civilidade e o amor. As divergências políticas são salutares, mas devem existir num patamar civilizatório, sob pena de cairmos no abismo da barbárie”, concluiu Gerd.
Fonte: Diarinho