O diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, virou réu por improbidade administrativa após ser acusado de fazer campanha e pedir votos para o presidente Jair Bolsonaro durante as eleições. A decisão é do juiz da 8ª vara federal do Rio, Jose Arthur Diniz Borges, a pedido do Ministério Público Federal do Rio.
O MPF já havia solicitado o afastamento do diretor por 90 dias, além da condenação de Silvinei por improbidade administrativa.
O MPF ainda argumentou que Silvinei “fez uso indevido do cargo” e lista situações durante a campanha eleitoral em que, no entendimento dos procuradores, o diretor pediu votos irregularmente para Bolsonaro.
Na decisão, o magistrado afirmou que Silvinei Vasques está de férias até o dia 06 de dezembro e que irá ouvir a manifestação dele antes de decidir sobre o pedido de afastamento. “Determino a expedição de mandado de citação da parte ré para oferecimento de defesa, no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 17, §7º da Lei nº 8.429/92. Após, voltem-me conclusos, inclusive para apreciação da medida cautelar requerida”.
Nomeado diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em abril de 2021, Silvinei Vasques é natural de Ivaiporã, Paraná, Vasques, que pertence aos quadros da PRF desde 1995, exerceu atividades de gerência e comando em diversas áreas do órgão. Ele foi superintendente nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como Coordenador-Geral de Operações.
Também exerceu os cargos de Secretário Municipal de Segurança Pública e de Transportes no Município de São José, em Santa Catarina, entre os anos de 2007 e 2008.
De acordo com seu currículo, disponível no site do governo federal, o diretor-geral é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC).