Durante o recente debate promovido pelo Jornal Razão, Maickon Sgrott (PP) e Thiago Peixoto (PL) não pouparam críticas um ao outro, trazendo à tona divergências políticas e questionamentos sobre coerência e apoio popular. Enquanto Peixoto apontou a proximidade de Sgrott com a administração atual, alegando que ele seria uma ‘total continuidade do governo’, Maickon rebateu enfatizando sua postura independente como vereador e desafiou Peixoto sobre suas mudanças de partido e alianças políticas.
Thiago Peixoto: “Candidato Maickon, você foi escolhido a dedo pelo atual prefeito para representar a continuidade dessa administração. Você tem toda a força da máquina pública a seu lado, com os cargos comissionados fazendo campanha para você. Mesmo assim, em uma estratégia de marketing, você tenta se distanciar do prefeito e tenta se vender como mudança. Como você vai fazer qualquer mudança se todo esse pessoal vai continuar com você?”
Resposta de Maickon Sgrott: “Candidato Thiago, quando morei na casa dos meus pais, eu respeitava as ordens e a educação deles. Não entendo como foi a sua criação e respeito de que forma você foi criado. O prefeito hoje é o Eloi, não é o Maickon que está lá. Eu sou um vereador que aponta, cobra, fiscaliza e incomoda o prefeito, sim. Bato palmas para ele quando tem que bater e fiz isso muitas vezes, mas também cobro, assim como cobrei uma atitude no aumento do repasse do hospital de R$ 89 mil para R$ 550 mil por mês. Cobrei para que fizesse alguma coisa nos semáforos da cidade, apertando tanto até que o secretário dali pedisse exoneração. E digo para você: você prega tanta mudança, estando lá agora com o atual secretário de Finanças, com a atual secretária de Assistência Social, que já foi exonerada, com profissionais que, na época, foram presos na Operação Moeda Verde? Estando lá com o atual vice-prefeito? Que mudança é essa, meu amigo? Que mudança é essa? Candidato, bota a mão na consciência, cara! Você não é a mudança. Você trocou de partido quantas vezes? O Elmis está aqui, e admiro, sempre no 15. Nós, sempre na mesma base, com respeito pela cidade. Passada eleição, nós tiramos um número e vivemos a cidade. Você pula de partido como um macaco pula de galho em galho. Com todo o respeito ao macaco!”, disparou Maickon.
Réplica de Thiago Peixoto: “Vamos lá, candidato Maickon. Você tá acostumado a negociar política, não vender, não fazer sonhos do que o povo merece. Eu não prometo cargo a ninguém e faço um desafio a você. Eu faço um compromisso com você, eleitor: em nosso mandato, quando eu for prefeito, não assumirá nenhum secretário que já foi secretário há 20 anos atrás. Agora quero ver se você, candidato, faz esse compromisso. Se comprometa a renovar, chega de velha política. Se comprometa, em nosso mandato, a não ter nenhum secretário que já foi secretário há 20 anos. Me comprometo, é um sonho. Vamos fazer algo diferente, algo novo. Não prometemos nada para ninguém. E assim, se eu recebi apoio de várias pessoas, é porque viram que não dava para estar ao seu lado, queriam algo novo, que com você não tinha conversa. Você só queria usar a prefeitura e estar ao lado deles. Então dá uma chance, dá uma chance pra gente. Chega de velha política. Vamos fazer. Quero que você se comprometa: em nosso mandato, nenhum secretário que já foi secretário há 20 anos”, disse Thiago.
Tréplica de Maickon Sgrott: “Vou sempre te respeitar, Thiago, mas não são com frases desse tipo que você vai convencer seu eleitor. Mostre trabalho, more na cidade, seja um vereador atuante, seja uma pessoa que viva a cidade. Não venha com discursos, com falácias que não colam nos tempos de hoje. Eu tenho como provar para você que algumas dessas pessoas estão indo para outro lado porque estão à procura de apoio que não encontram aqui. Mas esse tipo de apoio realmente eles não vão encontrar, porque eu não sento para negociar cargos e não sento para negociar valores. Digo para você: sou comprometido com o que a cidade precisa, sou comprometido com o que o povo precisa. Essa sua afirmação? Fique para você. Agora, me responda: por que tantas trocas de partido? Você era de um partido de esquerda, como é que você hoje prega tanto à direita? O PDT não era um partido de esquerda? Com todo respeito à esquerda e à direita, mas você pulou para os dois lados, candidato”, rebateu.