A Câmara Municipal de Florianópolis concluiu o processo de cassação do vereador Maikon Costa (PL) nesta segunda-feira (4), resultando na perda de seu mandato. A decisão, apoiada por 17 votos a 4, exigia uma maioria mínima de 16 votos. Ausentes na votação estiveram Maikon Costa e mais um parlamentar.
A acusação de quebra de decoro parlamentar fundamentou a cassação, conforme comunicado da Câmara. O suplente Sargento Mattos (PL) originou o pedido, citando episódios datados de setembro do ano anterior, durante o período de licença de Costa e o exercício temporário de Mattos.
Dentre os incidentes mencionados, destaca-se uma interação no dia 13 de setembro com o presidente da Câmara, João Cobalchini (União), quando Costa teria irrompido em uma reunião e proferido acusações. Subsequentemente, relatos apontam que Costa instruiu seus assessores a negar suporte ao Sargento Mattos e utilizou seu gabinete enquanto licenciado, o que escalou tensões entre os vereadores.
Maikon Costa contestou as acusações, alegando ter mantido seu gabinete acessível ao suplente e que sua conduta durante a reunião visava apenas exigir maior firmeza do Sargento Mattos em relação a questões legislativas.
O desdobramento do julgamento foi marcado pela exposição do relatório da Comissão de Ética, que apoiou a cassação, e pelas declarações dos vereadores, que refletiram divisões partidárias. A defesa de Costa pontuou alegada falta de equidade no processo, destacando a trajetória do vereador.
O caso, agora registrado, adiciona-se ao histórico da Câmara de Florianópolis, sublinhando a dinâmica e as disputas internas que permeiam a política local.