O cenário político de Joinville vive mais um capítulo conturbado com a segunda prisão, em apenas oito dias, do vereador Mauricinho Soares (MDB). A prisão ocorreu na noite desta sexta-feira (8), na Câmara de Vereadores, relacionada aos casos de corrupção no Departamento de Trânsito (Detran) envolvendo a liberação irregular de carteiras de motoristas suspensas.
Após ser preso inicialmente por posse ilegal de arma em 30 de novembro, Mauricinho pagou uma fiança de R$ 12 mil e foi solto. No entanto, a liberdade do político durou pouco, pois ele e um funcionário terceirizado foram presos preventivamente na recente operação da Polícia Civil, ligada ao Detran.
De acordo com Rafaello Ross, delegado regional da Polícia Civil, a investigação, iniciada em janeiro deste ano, revelou mais de 100 condutas criminosas relacionadas à liberação irregular de CNHs. A operação resultou na prisão de três pessoas, incluindo Mauricinho, um despachante e outro funcionário terceirizado do Detran. Auditas de 60 processos revelaram irregularidades em 58 deles.
A situação de Mauricinho Soares complica-se ainda mais com o prazo para sua defesa no contexto parlamentar. Com o recesso parlamentar se aproximando, o caso tende a se estender até o próximo ano, deixando um cenário de incerteza e desafios éticos e legais para a Câmara Municipal.
Paralelamente, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também conduziu uma operação relacionada a crimes contra a administração pública, envolvendo a pavimentação comunitária na cidade. Esta operação, embora não tenha resultado em prisões, cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, indicando a extensão das investigações sobre corrupção na administração municipal.
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