Amazonas decretou estado de emergência ambiental devido ao segundo maior número de queimadas registradas em cinco anos. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos dez primeiros dias de setembro de 2023, foram registrados 3.925 focos de queimadas, elevando o total anual para 11.736.
A situação emergencial, decretada pelo governador Wilson Lima, terá duração de 90 dias e abrangerá vários municípios, incluindo Manaus e áreas no sul do estado. Diversos órgãos públicos estão envolvidos na execução e coordenação de estratégias para combater tanto as queimadas quanto o desmatamento ilegal. Entre eles estão a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).
Foi também anunciado um financiamento de R$ 1,1 milhão para o pagamento de 153 brigadistas que atuarão em nove municípios. O projeto é uma parceria entre a Sema e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com apoio financeiro da organização Rewild. A estrutura de combate às chamas conta com um efetivo de 339 agentes estaduais e da Força Nacional.
Esta situação requer atenção imediata, não apenas pelas implicações locais, mas também pelos impactos ambientais que transcendem as fronteiras do estado e até mesmo do país. A emergência é mais um alerta sobre a necessidade de políticas públicas mais eficazes e ações coordenadas para a preservação do bioma amazônico.