Nesta quinta-feira, 12 de outubro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aterrissou em Santa Catarina para participar da Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó (Efapi).
Santa Catarina enfrenta um período crítico de enchentes, com grande parte do Estado em situação de emergência. Agravando ainda mais a situação, as previsões meteorológicas indicam mais chuvas para as próximas horas, concentrando-se, em especial, no Vale do Itajaí.
Em meio a esse contexto, a agenda do governador Jorginho Mello tem sido majoritariamente ocupada pelas emergências, relegando as questões político-partidárias a um segundo plano. Recentemente, Jorginho encontrou-se com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, em Brasília e, na quarta-feira, recebeu Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, em solo catarinense.
O dilema político enfrentado por Jorginho é palpável. Por um lado, a situação emergencial do Estado exige sua atenção e decisões ágeis. Por outro, não acompanhar Bolsonaro, figura central na ascensão política de Jorginho, pode ser interpretado como um deslize estratégico.
Esse equilíbrio se torna ainda mais delicado quando se considera que Bolsonaro é o convidado de honra do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), com quem o governador mantém laços estreitos, mas que também pode emergir como um rival político no futuro.
Jair Bolsonaro, acompanhado de sua esposa, Michelle Bolsonaro, tem compromissos agendados até a tarde de sexta-feira (13) em Santa Catarina. Vale lembrar que essa é a segunda visita do casal ao Estado em 2023.
