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A repercussão, punições e consequências da polêmica “Live das Urnas”

Nikolas Ferreira foi um dos protagonistas da derrubada de contas. Ele publicou uma análise após "live" com auditoria realizada na Argentina que causou polêmica no Brasil ao apontar supostos indícios de incompatibilidade no resultado das urnas
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Reprodução / Redes sociais

Uma live realizada nesta sexta-feira (4/11) por um canal argentino divulgou um relatório com informações sobre as eleições presidenciais brasileiras.

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Cerimedo, que recebeu Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em 13 de outubro em Bueno Aires, afirma ter recebido um relatório do Brasil com dados que apontam indícios de fraude nas urnas eletrônicas utilizadas no país. A suposta auditoria sustenta que cinco modelos de urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para Lula do que para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, inclusive, em algumas delas, Bolsonaro não recebeu nenhum voto. 

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O tema ficou entre os mais comentados no Twitter brasileiro nesta sexta-feira (4/11), sob as hashtags “Brazil Was Stolen”, “fraude” e “argentino”.

Internautas lembraram que foi proibido bater fotos da hora do voto nas urnas e questionaram se há uma ligação com a proibição e os “0 votos” de Bolsonaro. 

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“Você não precisa gostar de mim para poder defender a liberdade das outras pessoas. Eu basicamente transcrevi o que um argentino disse no Twitter e por isso derrubaram a minha conta”.

Essa frase de Nikolas Ferreira descreve sua percepção sobre o que ocorreu nesta noite de sexta-feira e manhã deste sábado. O deputado federal mais votado no Brasil teve suas redes sociais, com milhões de seguidores, suspensas por decisão do TSE. 

“Como cidadão, estou pedindo para o Tribunal competente averiguar as informações divulgadas hoje sobre as possíveis fraudes nas eleições brasileiras. Surgiram dúvidas válidas e de interesse coletivo”, postou o parlamentar mineiro em suas redes sociais.

A narrativa que está sendo difundida por praticamente todos os canais da mídia (aqueles mesmos que mudaram o nome do Orçamento Secreto para Emendas do Relator após a vitória de Lula e acordos para manter o que o PT categorizou como maior escândalo de corrupção da história do Brasil) é de que Nikolas publicou “informações e atos de caráter golpista”. 

Na verdade, Nikolas analisou e sintetizou o que foi dito por uma auditoria feita com dados que estão no próprio site do TSE. Dúvidas que surgiram como, por exemplo, o fato de que em algumas urnas (repetimos: segundo os dados do TSE) Bolsonaro não recebeu sequer um voto, enquanto Lula disparou com mais de 200.

É óbvio que Nikolas incentivou o compartilhamento destas informações. É óbvio que Nikolas sugere, claramente, que essas e outras informações divulgadas são reais. Ninguém em sã consciência pode dizer que Nikolas não o fez. E, segundo o TSE, é crime compactuar, disseminar, questionar (e muitos outros verbos) a segurança das urnas eletrônicas no Brasil. Por isso ocorreu a derrubada de suas contas no Twitter e Instagram. 

TSE x Nikolas

Não cabe a nós julgar se é certo ou errado essa postura do TSE. Mas façamos um questionamento: se Bolsonaro tivesse ganhado, como reagiriam seus apoiadores ao verem o outro lado questionar a legitimidade de sua eleição? Não gostariam de ter um tribunal independente e imparcial julgando o mérito e proibindo estes questionamentos? Neste caso, o oposto seria igual, não é mesmo?

Mais cedo, Nikolas compartilhou uma notícia de que Bolsonaro teria ganhado de Lula nas urnas de “modelos após 2020 (auditáveis)” e perdido nas máquinas antigas, que não seriam auditáveis. A grande mídia afirma que não existem provas de que a alegação do deputado corresponda com a realidade. O TSE também afirma que todas as urnas são auditáveis.

Infelizmente é provável que até mesmo o Jornal Razão possa ser censurado por trazer essas informações de forma imparcial e sem comprar lados nesta briga.

O JR é um veículo de comunicação local. Somos de Tijucas, Santa Catarina, e nosso foco é a divulgação de fatos que ocorrem em nosso entorno. Afinal, estamos numa região em franco desenvolvimento, num dos principais eixos econômicos de SC.

Todavia, não podemos nos abster de noticiar e acompanhar o que vem ocorrendo em nosso país. As tensões são claras e visíveis e temos um Brasil dividido em extremos. E isso não é bom para ninguém.

Pede-se punição para aqueles que questionam a legitimidade das urnas, mas ignora-se os esforços e mecanismos que estão montados e estruturados para tornar uma até então maioria em minoria. Isso implica em destruição de reputações, em alegações infundadas e, principalmente, fake news.

“Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”.

Invasão ao TSE em 2018

Em novembro de 2018, a ministra Rosa Weber, então presidente do TSE, solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar as alegações de um hacker que teria invadido o TSE.  O órgão eleitoral admitiu que houve registro de invasão de seu sistema por meio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco.

De acordo com a PF, buscou-se identificar quais foram as portas de entrada utilizadas pelo invasor. Como resultado, notou-se que o hacker conseguiu acesso aos sistemas do TRE da Paraíba e do Rio Grande do Norte, estabelecendo conexões indevidas — uma delas foi efetuada com o login do coordenador de infraestrutura do TSE, cujo nome não foi revelado.

Em resumo, o hacker obteve as senhas de acesso do sistema dos TREs e invadiu a rede interna do TSE. O documento conclui que o relato do invasor é condizente com a investigação do TSE.

Conforme o TSE, uma das partes do sistema a que o hacker teve acesso é o portal de sessão do voto informatizado. É nessa parte do sistema que está o código-fonte das urnas eletrônicas.

O secretário-substituto de tecnologia da informação, cujo nome não foi revelado, afirma que esses equipamentos eram responsáveis pela compilação dos softwares na versão Windows e Linux. Em execução nesses equipamentos estavam os jenkins, configurados pela equipe do portal de sessão do voto informatizado.

Então, o hacker aproveitou a ausência de restrições e invadiu a parte do sistema responsável pelo código-fonte das urnas eletrônicas. Se o código-fonte for alterado, o sistema inteiro pode ser modificado, de maneira que a adulteração de votos se torna possível.

O TSE reconhece que o servidor estava acessível a todos, permitindo a cópia de todo o código-fonte.

Em resumo, o arquivo responsável por armazenar todo o histórico de alteração do software das urnas eletrônicas foi apagado. Portanto, a investigação de possíveis adulterações no sistema ficou inviabilizada.

Nota do TSE 

“Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021).

Os resultados de todas as edições do TPS estão disponíveis para consulta no endereço abaixo:

As urnas eletrônicas modelo 2020 que ainda não estavam prontas no período de realização do TPS 2021 foram testadas pelo Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP), além de ter o conjunto de softwares avaliado também pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade. O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021. O relatório elaborado pela instituição pode ser encontrado no seguinte link:

Por fim, ressalta-se que todas as urnas são auditadas e ela é um hardware, ou seja, é um aparelho. O que importa é o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado.”

Movimentos 

Mesmo com a declaração de Bolsonaro para desobstruir rodovias federais, foi necessário intervenção de inúmeras forças de polícia e várias decisões judiciais para que cessassem, em parte, as manifestações. 

Entretanto, o movimento ganhou fôlego após a live e a expectativa é de que manifestantes voltem a se mobilizar em todo o Brasil com ainda mais força. 

O encerramento das manifestações, inclusive, foi pauta de acordos no processo de transição de governo coordenados por Alckmin. 

Para justificar o descumprimento de promessas de campanha de Lula, o PT aposta na mudança do termo “Orçamento Secreto” para “Emendas do Relator”, por exemplo, além de atacar e seguir culpando Bolsonaro pelos problemas que Lula enfrentará nos próximos meses junto a seu eleitorado, pois já era advertido sobre a incapacidade dos fundos da União para cumprir suas promessas. 

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