O presidente do Superior Tribunal Militar, Francisco Joseli Parente Camelo, provocou reações ao declarar, em entrevista à Bandnews TV, que o comunismo não tem presença no Brasil e ao defender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As declarações, feitas durante uma conversa com o jornalista Túlio Amâncio, colocam em xeque a percepção de alguns setores da sociedade sobre a ideologia política do país.
Camelo argumentou que a associação entre esquerda e comunismo é um equívoco: “O presidente Lula, um sindicalista de longa data, não pode ser rotulado de comunista. Há uma tendência equivocada de igualar a esquerda ao comunismo, o que não se sustenta na realidade brasileira”, disse.
A afirmação de que o comunismo não existe no Brasil levantou questionamentos sobre a análise do ministro a respeito do espectro político nacional. Críticos apontam que, embora o comunismo clássico possa não estar presente, influências ideológicas de esquerda são evidentes em diversos segmentos da sociedade.
Além disso, a defesa de Lula por Camelo suscitou debates sobre a imparcialidade esperada de um presidente de tribunal, especialmente em um contexto de polarização política. A declaração reacende discussões sobre a relação entre o judiciário militar e o governo atual.
