O Rio Grande do Sul enfrenta uma das maiores tragédias climáticas de sua história, com 32 pessoas mortas devido às fortes chuvas que castigam o estado. Eduardo Leite, governador do estado, expressou preocupação com a possibilidade de aumento no número de vítimas, já que várias áreas ainda estão inacessíveis. Há também 60 pessoas desaparecidas, e os esforços de resgate continuam intensos.
As chuvas causaram extensos danos a infraestrutura e deslocaram milhares de pessoas. Até agora, 10.242 pessoas foram desalojadas de suas casas, enquanto 4.645 estão abrigadas em instalações temporárias providenciadas pelo estado. Além disso, as chuvas afetaram 494 escolas, que ou foram danificadas ou estão sendo usadas como abrigos.
Os serviços essenciais também foram impactados: 328 mil locais estão sem fornecimento de energia elétrica e mais de 541,5 mil pessoas estão sem acesso a água potável. O sistema de rodovias sofreu com 139 bloqueios em 60 estradas, complicando os esforços das equipes de emergência.
Previsões Meteorológicas Indicam Mais Chuvas
As previsões meteorológicas não são otimistas, indicando que as chuvas devem persistir até pelo menos sábado (4), com acumulados que podem chegar a 200 milímetros em algumas áreas. O governador reforçou a necessidade de a população seguir as recomendações de evacuação e manter distância das áreas de risco.
Emergência nas Barragens
Além das chuvas, há uma situação de emergência na barragem do Blang, localizada no Rio Caí, em São Francisco de Paula. Há riscos de colapso, o que poderia afetar ainda mais municípios como Canela, Gramado e Nova Petrópolis. O governo estadual está trabalhando com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para implementar planos de ação emergenciais e proteger as comunidades próximas.
