Na noite desta quarta-feira (30), a superlua, um fenômeno resultante da proximidade da lua com a Terra, voltará a iluminar os céus e, devido a fatores climatológicos, pode causar uma variação maior nas marés, afetando as atividades de navegação e pesca no estado. Este cenário, semelhante ao observado no dia 1º do mês, motivou a Epagri/Ciram a disponibilizar dados em tempo real sobre a altura da maré, beneficiando principalmente os setores de pesca e navegação comercial.
Matias Boll, pesquisador da Epagri/Ciram, destaca a influência das marés nas operações marítimas, principalmente por conta dos grandes navios cargueiros que necessitam de canais de acesso profundos para se aproximar dos portos localizados em baías ou na foz de rios protegidos.
De acordo com os registros da rede maregráfica da Epagri/Ciram, a costa catarinense experimentará uma calmaria nos dias que antecedem a superlua, com ventos fracos e sem direção definida. Contudo, em setembro, a combinação de massas de ar e ventos predominantes do Norte/Nordeste poderá resultar em marés muito baixas, especialmente no dia 2, ainda sob influência da superlua.
Matias também ressaltou os impactos da variação da temperatura marítima na altura da maré. Em períodos mais frios, como o final de agosto, a água tende a “encolher”, influenciando negativamente a maré. Essa configuração é agravada quando coincidindo com a superlua, como quase aconteceu entre 24 e 28 de agosto, podendo resultar em alagamentos.
A NASA define superlua como a coincidência de uma lua cheia durante o perigeu lunar, momento em que a lua está mais próxima da Terra. Esta proximidade faz com que a lua apareça maior e mais brilhante aos observadores terrestres. Neste mês de agosto, por exemplo, a lua estará 40 mil quilômetros mais próxima da Terra.