A questão da reconstrução em Santa Catarina após as recentes e devastadoras enchentes foi o tema central de uma reunião ocorrida hoje em Blumenau, que contou com a presença do Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O evento ocorreu na sede da Amve (Associação dos Municípios do Vale Europeu) e foi acompanhado por um conjunto diversificado de autoridades, incluindo prefeitos, deputados e empresários.
O ministro Alexandre Padilha chegou ao local às 10h30 para dialogar com os líderes locais e esclarecer os planos do Governo Federal para a recuperação das áreas mais atingidas. Mais de 140 municípios de Santa Catarina decretaram situação de emergência, e quatro estão em estado de calamidade pública.
Em uma coletiva de imprensa que precedeu a reunião, Padilha confirmou a alocação de R$ 140 milhões pelo Governo Federal para a recuperação de infraestruturas danificadas, com foco especial nas estradas. Além disso, o ministro fez menção a outros investimentos já em execução no estado, como a duplicação das BRs 470, 282 e 280.
Os recursos, conforme diretrizes do Presidente Lula, serão destinados primeiramente para ações humanitárias, seguidos por medidas de reconstrução. Padilha também citou a liberação antecipada do pagamento do Bolsa Família e do FGTS nos municípios afetados, beneficiando mais de 170 mil famílias.
Entre outras medidas, o Ministro das Relações Institucionais destacou que os indivíduos que perderam suas casas serão priorizados no programa federal Minha Casa Minha Vida. “Vamos analisar as propostas apresentadas pelos municípios e concluir essa seleção entre outubro e novembro”, explicou Padilha.
Mário Hildebrandt, prefeito de Blumenau e presidente da Amve, ressaltou a importância da cooperação entre os municípios e o Governo Federal. “Esta é a segunda vez que um ministro é enviado para cá, o que demonstra o compromisso do governo com a população que necessita deste apoio”, disse Hildebrandt.
Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, também se pronunciou, ressaltando o papel crucial desempenhado pelas Defesas Civis e pelos prefeitos na redução de fatalidades durante a catástrofe. “É uma enchente grave, mas graças ao trabalho coordenado, o número de mortes foi pequeno”, concluiu o governador.
