Nas próximas décadas, um futuro incerto aguarda as cidades litorâneas de Santa Catarina, conforme alertado por um recente estudo da ONU.
O documento aponta um aumento previsto de 24 centímetros no nível do mar até 2050, com um salto para 65 centímetros até o final do século, particularmente impactando Florianópolis. O efeito cascata deste fenômeno é alarmante: cada centímetro de elevação pode significar um metro de terra perdida para o mar.
A comunidade científica global, incluindo organizações como a Climate Central, tem voltado seus olhos para regiões vulneráveis, a exemplo do litoral norte catarinense. Cidades como Itajaí, Navegantes e Balneário Camboriú foram destacadas em estudos que projetam áreas significativas sob risco de inundações já em 2030, pintando um quadro de urgência para ações preventivas.
Esses alertas baseiam-se em rigorosas análises topográficas e climáticas, considerando o avanço contínuo das emissões de CO2 e o consequente aquecimento global. A não adesão a compromissos internacionais, como o Acordo de Paris, poderia agravar ainda mais essas previsões.
Ao examinar o mapa interativo oferecido pela Climate Central, visualiza-se o potencial impacto devastador do aumento do nível do mar, evidenciando não apenas perdas territoriais, mas também desafios socioeconômicos iminentes para essas comunidades. Bairros inteiros, praias e infraestruturas vitais estão na linha de frente dessa ameaça.
O estudo mencionado enfatiza ainda que a realidade de hoje já pode oferecer um vislumbre das adversidades futuras, com projeções indicando elevações de temperatura de até 3°C até 2050, exacerbando o risco de inundações.