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Itapema e Porto Belo estão com as praias impróprias para banho, diz IMA

Em Bombinhas, apenas duas delas foram consideradas próprias para banho pela avaliação dos peritos do IMA. Os 10 pontos analisados em Itapema estão impróprios, bem como os 6 de Porto Belo
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Reprodução / G1SC

Em relatório divulgado na última semana pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina, o IMA, as praias da região da Costa Esmeralda aparecem, lamentavelmente, impróprias para banho.

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De acordo com as análises, 147 dos 237 locais avaliados do litoral catarinense estão próprios para o banho, o que representa 62% deles. Em Itapema e Porto Belo todos os pontos analisados foram considerados poluídos. Em Balneário Camboriú o número de pontos impróprios chega a 73,33%. As cidades culpam as fortes chuvas das últimas semanas pelo mau resultado.

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A “Dubai Brasileira”, Balneário Camboriú, que tem uma gigantesca fila de espera por vagas nos hoteis, apresenta apenas quatro pontos próprios para banho, sendo eles nas praias de Laranjeiras, Taquaras, Estaleiro e Estaleirinho.

Um ponto nas praias é considerado próprio para banho quando em 80% ou mais das amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros de água coletada e impróprio, quando no trecho avaliado for verificado o não atendimento aos critérios estabelecidos para as águas próprias ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.

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Em nota, a Fundação Ambiental Área Costeira Itapema (FAACI) informa que com as chuvas as análises de balneabilidade foram influenciadas em vários municípios, inclusive Itapema.

Ainda segundo a nota, os mesmos pontos que o IMA considera impróprios quando a coleta é feita em condições de chuva, são próprios para banhos com tempo estável, o que pode ser comprovado no portal do IMA.

A nota da FAACI menciona a Resolução Conama 274/2000 e “informa também que segue desenvolvendo ações de monitoramento da qualidade das águas no município e fiscalizando os imóveis para correta ligação a rede de esgotamento sanitário.”

A Fundação de Meio Ambiente de Porto Belo afirma, também, que os problemas de balneabilidade detectados pela IMA são culpa das chuvas e destaca que a praia do Perequê tem no seu pontal norte a foz do rio homônimo, que dependendo da maré influência em toda a praia.

De acordo com Kaiann Barentin, advogado ambientalista, a situação é explicada pelos seguintes fatos:

“Quando chove muito, imagine os grandes morros. A chuva que cai lá em cima vem trazendo toda a matéria orgânica, restos de folhas, animais mortos e tudo que fica acumulado naturalmente. Esse material, geralmente, cai nos bueiros, entra no sistema de drenagem urbana, onde vários moradores conectam ilegalmente o esgoto de suas residências. Todo esse efluente se une e desemboca nos rios, e depois no mar. É óbvio que os níveis de coliformes fecais serão alterados nos laudos. É bom lembrar que é a única coisa que o IMA analisa: coliformes fecais. Não analisa, por exemplo, o nível de metais pesados”, explica. 

Conheça os critérios que podem influenciar na qualidade da água:

  • regiões muito populosas: quanto mais populosa é a região, mais ela precisa de infraestrutura. Muitas cidades litorâneas possuem uma infraestrutura de saneamento que atende já de forma precária a população residente, e não dá conta da demanda de veranistas. Praias muito populosas e que recebem muitos turistas costumam sofrer mais com a poluição e a destruição de de seus ecossistemas.
  • chuvas: a incidência de chuvas altera a balneabilidade de certas praias, já que há muito carregamento de dejetos para a areia e o mar. Logo após uma chuva muito forte, evite o banho;
  • presença de lixo e esgoto: lugares que não têm uma boa infraestrutura sofrem com a falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto. Sem saneamento básico adequado, a qualidade da água das praias pode ficar imprópria para banho, mesmo que o mar aparente estar limpo;
  • presença de coliformes fecais: são as bactérias e microrganismos de vários tipos que vivem no intestino de animais de sangue quente e que podem estar presentes na água e na areia por vários motivos, como o lançamento de esgoto sem tratamento. Se a quantidade desses coliformes, também chamados de termotolerantes, for alta, a praia está suja e imprópria para o banho. A regulação também testa para a presença de enterococos e da bactéria Escherichia coli.

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