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Fake news: barragem de Angelina, no Vale do Rio Tijucas não ‘estourou’

Com enchentes na região, áudio alertando sobre as comportas da barragem terem sido abertas viralizou nas redes sociais
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Reprodução / Miriany Farias

Há anos, a maior preocupação dos moradores de todo o Vale do Rio Tijucas em épocas de fortes enxurradas é quanto à possibilidade de “abertura” da barragem da Usina Hidrelétrica do Garcia, em Angelina.

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Em meio a tragédia no Vale do Rio Tijucas, pessoas maldosas espalharam uma fake news sobre a barragem de Angelina.

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Não procede, de forma alguma, a informação de que a barragem “estourou” ou que as comportas foram abertas por conta da enchente.

Ativada em 1963, a Usina Hidrelétrica Garcia possui uma potência instalada de 8,92 MW (megawatt) e foi o primeiro empreendimento da Celesc na geração de energia elétrica, abastecendo todo o litoral catarinense.

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Para o funcionamento, a barragem acumula água, que é direcionada para a casa de força por meio de uma tubulação adutora e conduto forçado até a chegada às turbinas, que acionam os seus respectivos geradores. A capacidade do reservatório é de 4,2 milhões metros cúbicos.

A Celesc afirma que, por possuir um vertedouro do tipo soleira livre, ou seja, que extravasa toda a vazão excedente, não é necessário o acionamento de comporta na barragem, a qual é inexistente.

Sendo assim, o Plano de Ação de Emergência (PAE) indica as áreas de inundação, em um possível caso de rompimento da estrutura. A Celesc garante, dessa forma, que as cidades do Vale do Rio Tijucas não são atingidas.

Segundo a empresa, nem mesmo em casos de enchente há possibilidade de as águas da barragem afetarem a região, o que é garantido pela forma com que a barragem foi feita e pelo seu plano de segurança.

Na Usina Hidrelétrica Garcia, em Angelina, existe uma equipe de conservação que circula pelas estruturas, barragem, tubulação e casa de força, para a realização de limpeza e manutenções básicas. As áreas são cercadas e sinalizadas.

A operação da usina é realizada pelo Centro de Operações da Geração (COG), em Florianópolis. Em caso de necessidade de manutenção é atendida pelas equipes própria e terceirizada.

Conforme resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece critérios para classificação, a barragem Garcia é de classe B. Ela possui Plano de Segurança de Barragem (PSB), Plano de Ação de Emergência (PAE), e as Inspeções de Segurança Regular (ISR) são efetuadas com periodicidade anual.

A assessoria de imprensa da Celesc ressalta que a última ISR foi realizada em 11 de dezembro de 2018, sendo constatada condição normal de operação da estrutura.

Hidrelétrica e barragem de rejeito

Diferente das barragens de rejeito (mineração), as hidrelétricas têm por finalidade represar e estocar água, matéria-prima para a produção de energia. Assim, obter o desnível necessário para girar as turbinas das unidades geradoras.

Já as barragens de rejeito são estruturas de terra, construídas para armazenarem resíduos de mineração. Elas então formam um reservatório com substâncias sólidas e água, sob a forma de lama, resultantes de processos de beneficiamento de minérios.

Além da diferença básica do material a ser armazenado, as barragens de rejeito de minério estão em constante modificação, sendo alteadas assim que o nível de rejeito alcança a capacidade máxima.

Na barragem em Brumadinho (MG), que se rompeu em 2019, o alteamento era realizado de montante, onde as camadas adicionais eram colocadas sobre o próprio material do rejeito.

No caso das barragens de hidrelétricas, estas são estruturas estáticas, uma vez construídas não são alteadas. Com isso, os devidos cuidados são quanto aos procedimentos de operação e manutenção dos equipamentos associados.

Segundo a Celesc, “a barragem Garcia é uma estrutura de concreto de 19 metros de altura máxima, assentada em rocha sã, com um vertedouro do tipo soleira livre incorporado para descarga de vazões excedentes”.

Com informações de Miriany Farias, do Jornal O Município 

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