Paulo Santagelo, engenheiro de telecomunicações, tem enfrentado muitas dificuldades desde que o rio transbordou. Uma delas foi a retirada de 232 cachorros que ele cuida sozinho. Além de estar há cinco dias sem energia elétrica na residência.
Para cuidar dos animais, ele passou a madrugada do dia 1º de dezembro removendo os cachorros, já que toda a área ficou alagada. O protetor de animais diz que os cães são de cidades da Grande Florianópolis.
“A madrugada do dia 1º de dezembro foi a pior que eu passei na minha vida. O rio transbordou, atravessou a estrada com uma força enorme. Tive que ficar na função a madrugada inteira para retirar os cachorros que estavam no cercado de baixo, que alagou completamente. Tirei todos. Estou com mais de 30 cães dentro de casa, estão todos bem”, diz o morador de Palhoça.
Sem energia, ele também perdeu todos os produtos da geladeira e freezer. “Como moro afastado, tenho sempre um estoque. Inclusive a comida dos animais eu tenho em casa porque busco a cada 15 dias e já tinha pegado antes da chuva”, contou.
Outros animais foram levados para cercados na parte mais alta do terreno e não correm risco, segundo ele. “Os cachorros grandes eu não tive onde colocar, mas eles estão se virando bem ali em cima da casinha e eu estou monitorando, caso a água suba mais um pouco. Os que não são tão pequenos estão ali e eu estou de olho”, falou.