No fim de semana, o programa Copernicus, da União Europeia, detectou uma extensa mancha de poluição sobre o Brasil. Especialistas sugerem que a origem desse fenômeno esteja ligada ao aumento expressivo de queimadas no país, comprometendo a qualidade do ar em várias regiões.
Entre as áreas mais atingidas estão a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve um aumento de 91% nos focos de queimadas em comparação ao ano anterior.
Em 2024, já foram registrados 207.484 focos, contra 108.546 em 2023. Mato Grosso lidera os focos de incêndio, com 45.251 registros, seguido por Pará, Amazonas e Tocantins.
O programa Copernicus monitora a poluição atmosférica através da detecção de partículas suspensas, conhecidas como aerossóis. Essas substâncias podem agravar condições de saúde e alterar o clima. O sistema também rastreia a concentração de monóxido de carbono no ar, revelando níveis críticos de poluição. Quanto mais intensa a coloração vermelha no mapa, maior a gravidade da poluição.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas relatou, em boletim recente, que 931 focos de incêndio foram combatidos em 2024, com uma taxa de sucesso de 79% na extinção. Mais de 3.500 profissionais e 39 aeronaves foram mobilizados para combater os incêndios, sendo dois aviões e seis helicópteros cedidos pelas Forças Armadas.
Em relação à qualidade do ar nas capitais, Florianópolis foi outra cidade que sofreu com os impactos das queimadas.
De acordo com a IQAir, organização suíça que monitora a qualidade do ar globalmente, a cidade de São Paulo registrou a pior qualidade do ar no Brasil na segunda-feira (30), atingindo 92 pontos, uma classificação “moderada”. Florianópolis também enfrentou uma piora na qualidade do ar, embora com índices menores em comparação a São Paulo.
Globalmente, a capital paulista ficou na 12ª posição entre as cidades com a pior qualidade do ar.