O município de Rio do Oeste, localizado no Alto Vale, enfrenta uma crise econômica e social sem precedentes após as fortes chuvas e enchentes que atingiram a região em outubro. Dados divulgados pela prefeitura e Epagri revelam que os prejuízos econômicos chegam a 10% do PIB local, impactando especialmente o setor agropecuário.
O setor agropecuário, principal motor econômico da cidade, foi significativamente afetado, somando perdas que ultrapassam R$ 19,7 milhões. O cenário é ainda mais preocupante quando consideramos que o PIB do município é de R$ 185,4 milhões, de acordo com dados do IBGE. Em termos percentuais, a cidade viu uma retração de 10,6% de seu Produto Interno Bruto.
As plantações de arroz, milho e fumo foram as mais afetadas, com perdas consideráveis na produção. Além disso, 1,5 milhão de litros de leite não puderam ser vendidos devido às dificuldades logísticas causadas pelas enchentes, resultando em um prejuízo adicional de R$ 3,6 milhões. O setor de suinocultura não ficou imune, registrando um rombo de R$ 1,5 milhão.
O drama não se limita à economia. Com um nível do Rio Itajaí do Oeste ultrapassando a marca de 10 metros, a cidade de 7,7 mil habitantes vivencia uma situação de calamidade. Mais de 330 pessoas estão desalojadas e abrigadas em três centros de acolhimento.
A cidade agora se depara com a tarefa árdua de limpeza e reconstrução. No entanto, há escassez de materiais de limpeza, o que levou a prefeitura a solicitar doações. Essas podem ser feitas tanto em forma de produtos, que estão sendo concentrados na Câmara de Vereadores, como em dinheiro, por meio de um Pix pmro@riodooeste.sc.gov.br conforme foi informado pelas autoridades.
